Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

domingo, agosto 13, 2006

Ode a Andreia (Inacabado)

Foi Deus... Foi ele que fez as nossas vidas se cruzarem, que fez com que a má impressão que ficou no nosso primeiro encontro desse hoje lugar a um sentimento que não sei nem definir. Foi Deus... Ele é que me fez cair nos teus braços em vez de nas ruas da amargura. Agradeço-Lhe do fundo do meu coração.
Existem muitas tempestades no nosso percurso, muitos sapos engolidos, muitas pedras no sapato, mas também há muitas luzinhas no fundo do túnel, muitos sorrisos por entre a penumbra, muitas gargalhadas estridentes e maluqueiras sintonizadamente partilhadas. Muitos ombros que amparam, muitos gritos que alertam, opiniões ouvidas e segredos confiados. Obrigado! Salvaste-me, acredita! Antes de me ajudares, eu era um cãozinho que já se sentava antes de o dono mandar. Era uma criança arrependida que já pedia desculpas antes de errar. Com o tempo, abriste-me portas que eu não sabia sequer que existiam, fizeste a minha visão do mundo dar uma volta de 180º e hoje "eu sou mais eu sem ninguém". Adoro-te, miúda! De uma maneira que nem um milhão de caracteres numa página perdida na internet conseguem explicar. Vais-me fazer muita falta. Vais ser a única recordação deste país que vou lembrar sem uma única ponta de mágoa. És a continuidade dos meus pensamentos, a gargalhada que me envergonha na esplanada, a lágrima que dá vontade de secar, dá vontade que nunca tivesse caído, o grito que irrita mas mostra que, afinal, há alguém neste mundo que não me deixa provar o amargo sabor da verdadeira solidão.
Vais comigo... Aquela doida apaixonada pelo Lancia que um dia ouvi rir num café cheio de gente que não conhecia, a maluca que dança comigo até à exaustão, numa conexão que irrita de tão perfeita, a menina de aço que esconde um ser lindo e doce, que de vez em quando espreita entre esse muro que quase ninguém consegue transpor! Todos os momentos que passamos juntas, os obstáculos que transpusemos juntas, os engates que tentamos, as danças que partilhamos... Tudo isso vai bem gravado no meu coração, para que quando a saudade apertar baste eu fechar os olhos e voar até aquele mundo que a gente construiu como se de uma árvore que precisa de ser regada se tratasse. Faço questão de o manter, no cantinho desta minha máquina que não funciona bem, mas te guarda com muito carinho.
Desculpa, fico por aqui. As lágrimas estão a ameaçar cair...
Perdoa-me a ''covardia''... Amt, kanininha
Estas são as palavras que te deveria ter dito bem ao ouvido para que ficasses com elas gravadas no heart..
Ao som de Damian Marley, a minha banda sonora para piercings, Road to Zion, reli o teu post. Desta vez deixei que as lágrimas caissem e o meu coração falasse. E ele diz algo parecido com isto: Vou sentir saudades de quase tudo em ti, principalmente de ti! Tens razão, o nosso percurso sempre foi meio atribulado. No inicio nem sabia quem tu eras, foi através do Ivan que nos cruzamos pela segunda vez num jantar na casa de gente desconhecida mas que depressa me entrou no meu coração. Tu e os outros.
Nem sei exactamente que te dizer para que isto não soe demasiado melancólico ou meloso, mas a verdade é que aprendi a gostar de pequenos detalhes que dantes via com maus olhos.
Hoje estou aqui sozinha neste apartamento e durante todo o dia fui várias vezes assaltada pelo pensamento de ficar sem ti. Vais para uns quantos kms longe daqui, num qualquer avião duma qualquer companhia aérea cujo nome não me interessa saber porque essa informação não vai resolver o problema que tenho para aprender a lidar daqui em diante. Aprendi a lidar com a tua teimosia e a tua tão-parecida-a-mim desarrumação, mas acho que vai ser muito dificil aprender a lidar com a distância que a vida vai ocupar entre nós.
Antes de mais quero que saibas que, mesmo estando quieta e calada, desejo que tudo te corra bem.
Vais deixar isto! Fico muito feliz por ti, a sério. Ás vezes penso que eu nasci para isto e tu não; foste por mim arrastada... Desculpa-me ter-te tirado a réstia de inocência que em ti havia, espero que este mal tenha em ti produzido o efeito contrário e que te faça mais forte e menos naif daqui para a frente, miúda.
Estou só. Este é o meu pensamento e no fundo... Queres saber? tenho medo. Discuto muito contigo, mas a tua força é também a minha. A quem vou eu abraçar quando tiver acabado de responder a um mail qualquer e um ataque de lágrimas me der? Admiro o sorriso que consegues ter em certas alturas que eu sou só capaz de mostra a cara fechada

afinal NAO havia outra............ (drunk publication)

Quinta-feira, Agosto 10, 2006
É a distancia, é os piercings, empresa, outros, más memórias... É um sem fim de tentativas inúteis de afastar o que sei ainda fazer parte de mim ... É beber, fumar, conviver....... É sei lá.......
Cortei as mulheres da minha minha vida.. É uma inutilidade estupidamente gigantesca de tentar afastar aquilo que me faça esquecer o que sei que ainda kero..... Mas o destino escreve e América Central apresenta uns poucos mais milhares de kilometros que ameaçam a impossibilidade de uniões..
Não consigo viver com as minhas decisões e faço-me frio a tudo o que tenha cona... Uma coisa descobri: esta capacidade; não sabia que a tinha! Mulheres com direito a crachá de playboy não merecem mais que um olhar de relance....... Que me fizeste tu que me mantenho bêbedo e frio como aço?... Intocável?..
Lol....... Diz ele "Italiana"... Não consigo mais nela ver beleza em qualquer aspecto.......
Quando mantenho a sobriedade refugio-me no trabalho e na possibilidade de uma nova oportunidade de trabalho..... Sonhos com Audi A3 que me parecem possiveis mas que desconfio não poder conseguir...
Chamo a minha paixão de "condução" mas sei que ela tem outro nome. Mas deitei tudo a perder.. Agora engole os filhos da puta dos sapos.... Toma boi!! É o que tens... Estavas certo quando lutaste contra todos os que se opunham, mas depois baixaste os braços e tomaste como garantido o que não era e embarcaste na maior escapatória da tua vida. Agora paga! Paga estúpido, a culpa é tua! Sofre as calcadelas e agradece! Meu deus... ainda estou a trabalhar e mal leio o que escrevo........ (Entendei-vos com os erros.....)
It''s all about us... E era! Não fosse o palhaço achar que podia fugir usando a distância....... O coração percorre milhares de kms em segundos.. Que se foda a puta da distância ..... Deixa-me ser a mim o cliente priviligeado....... Deusl............. O que foi que eu fiz??????? ......... DESCULPA...................!




Cliente é merda e tu és muito mais que isso! Cabes todo dentro de mim como sempre foi, tenho-te dentro dum sitio muito especial onde poucas pessoas permanecem. Mas tu continuas a valer a pena, o sacrificio e as tentativas de esquecer as dores. Amo o ser que tu és (quase sempre).
Privilegiado és tu sem ter necessidade de fazer nada para isso acontecer, és dono de uma boa parte da minha história e dela fazes parte. Poucos são tão privilegiados que me fazem chorar de alegria. Apenas tu me deste a entender o que é o amor, fazer amor é bom demais, se for contigo. Nunca mais o pratiquei da mesma maneira, mesmo que me apareça quem ceda aos meus caprichos e me morda e me bata e se deixe prender, é adrenalina, não é amor.
Nada nunca será the same. És e sempre serás o meu gorduxinhu, uindo! Nunca te esquecerei.
Não te martirizes, nem culpes mais do que eu já culpei; agora é tempo de fazer o que é certo, paixão. Um milhão de beijos da tua Kanuka (nunca serei Kanuka para mais ninguém, tens noção disso, não tens?)

sábado, agosto 12, 2006

FÚRIA!

Em relação ao teu "P.S": Ès tão porco e ordinário que não mereces resposta para isso!
Meter-me na vida dos outros?! Mas que merda tens tu no cérebro que não percebes que ISSO tem a ver com a minha vida, caralho? Quando me mentias ERA A MINHA VIDA! FODA-SE!
Quem está batido és tu! Foda-se! Não vales nem a merda que cagas! Não é teimosia é inconformismo com as mentiras que durante tanto tempo me foste contando e eu engolindo! Para mim é que já chegou! Há muito!
Quando te disse que não eras nada, que eras perante os meus olhos um ser desprezivel não menti! Era isso que sentia e é isso que sinto agora! Estou farta de tentar parecer bem quando não estou já não quero discutir mais contigo porque não vale a pena! De toda maneira não me interessa mesmo o que lhe disseste ou o que sentes ou deixas de sentir! Fui! Esquece-me de uma vez porque eu já não aguento!
Se não te posso atender simplesmente não atendo isso não quer dizer mais porra nenhuma!
Estou farta como sempre estive! Eu sou mais eu sem ninguém, mesmo que me custe desabituar-me à tua presença. MINTO!! Tu nunca estiveste lá! ESTAVAS MESMO ONDE? COM OS TEUS "AMIGOS"! Força nisso então, fica com eles que eu fico comigo mesma; prefiro a minha solidão que a (promessa da) tua companhia.
Agora engole TU os sapos! És o mesmo ser desprezível que numa noite qualquer me disse para abortar o fruto de algo que eu julgava ser um sentimento partilhado por nós dois! Não valeis NADA!!! Obrigar-me a fazer isso?! Com que direito vos julgais, ODEIO A VOSSA RAÇA! PIORES K CÃES VADIOS! Em que mundo julgas tu viver? Naquele que te foi dado de presente embrulhado em papel azul?! Enganaste! ESTOU MUITO MAIS PRÓXIMO DO MUNDO REAL K TU COM OS TEUS DEVANEIOS SOBRE O QUE PODES OU QUERES COMPRAR! Porque tudo te foi dado de bandeja!
CRESCE E DEIXA-ME SER QUEM SOU SEM FAZERES ISTO À MINHA MENTE.
ODEIO O DIA EM QUE TE CONHECI, O SÍTIO, OS TEUS AMIGOS, TUDO O QUE DE TI TENHO GRAVADO EM MIM!
VAI-TE EMBORA PARA BEM LONGE DA MINHA VIDA, DA MINHA MEMÓRIA E DEIXA-ME EM PAZ!

terça-feira, agosto 08, 2006

Chamada em tons de laranja

A tremedeira toma conta de mim e escorrem-me duas gotas de suor pela testa... Respiro fundo e cá vai... O telemóvel toca... Um toque, dois toques, três...
- 'Tou?
- 'Tou. 'Tás ocupado?
- Um bocadinho. Ligo-te já a seguir, 'tá bem?
- Ok. Beijinho. 'Té já!
- 'Té já. Beijo.
Minutos de desolação na espera da chamada que prometeste fazer-me de volta enquanto sinto o formigueiro no fundo do estômago a alastrar-se por todo o meu corpo cortando-me a respiração. Olho para o telemóvel só para perceber que não perdi nenhuma chamada, muito menos tua.
Faz calor. O sol vai descendo gradualmente e com ele o céu exibindo uma imensa paleta de novos tons laranja. Os carros lá fora levantam poeira ao passar.
Ouve-se a torneira do duche e, na minha mente, despertam sons, imagens e cheiros que contigo partilhei e partilho... Os sons tornam-se mais profundos, principalmente o tique-taque do relógio que, do fundo da gaveta, consigo agora ouvir.
Tens o mesmo cheiro que o meu corpo tem depois dum duche quente num dia de verão. Tem-lo amarrado a ti como o cheiro das tuas mãos está preso a mim na minha memória olfactiva; É através dele que te consigo imaginar no meu quarto e refazer a pequena história que se inventou num v3, esboçando um sorriso que não deixa margem para dúvidas... Quem me vê na rua não imagina o que eu penso quando em ti penso. Nunca o poderiam saber. Aliás, ninguém o sabe ou saberá, apenas eu. Posso dizer do que me lembro e contar pormenores, mas nunca saberão de que forma esses pormenores se encaixam na perfeição dentro de mim. Talvez seja essa a razão do meu secret smile que ninguém consegue desvendar... Tudo o que sei apenas a mim pertence e não me atrevo a partilhá-lo com mais ninguém senão comigo mesma over and over again até desistir de tentar sentir-me menos feliz com isso, porque é escusado.
Continuo à espera que o telemóvel toque enquanto continuo a minha ingressão mental ao passado recente... Tudo parece ter o teu cheiro; as minhas mãos, a rua, o meu gel de duche, a minha roupa, a minha pele, os outros... Onde estás tu que não tás cá? Não demora nada estou aí, só para poder continuar a fazer equilibrismo sobre o meu próprio coração de cada vez que de ti falo, de cada vez que em ti penso, de cada vez que vens ter comigo... Não perco muito tempo imaginando-te com quem é suposto estares, porque não me interessa se é errado ou não. Quero é mais apenas os momentos que me dás e a doce estranha memória que eles ocupam. É para mim o suficiente. Quero lá saber ou pensar o que o futuro pode ou não reservar! Por agora só queria mesmo que me ligasses!

domingo, agosto 06, 2006

Viagem na linha

Sem medo viajo na corrente dos comprimidos
que me envolvem na frequência de tu e eu...
Sigo rumo na corrente das águas que rebentam os teus sonhos...
...
Quebro as barreiras por ti, minha jóia,
e sigo esta paragem sem viagem tão alucinante....
...
Traz-me de volta o embrulho...
Lê-me a linha branca que se prolonga na mesa!
...
Noites loucas,
noites alucinantes,
noites alucinadas...
...
Sigo a vida a cair sem ti...
...
De um tiro sopra o vento a imagem...
Vejo pescadores recolher as redes de cimento que nos atam...
...
Tropeço em ti porque já não somos o lar desta casa!...
...
Tudo és tu!
Não desistas do sonho;
Um dia há-de ter valido a pena ter tomado este ritmo, este rumo,
esta pedra que connosco carregamos enquanto caiamos quase atingindo o subsolo.
...
Sinto o sangue pulsar nas veias...
...
Vejo dos meus olhos, através dos teus, a cegueira!
Despedaça a lucidez que sentimos na almofada por baixo das nossas cabeças...
...
E quando o fantasma negro descer dos subúrbios,
encontrar-lo-às num festim de ódio e sangue
devorando-te as entranhas de uma vez só.
...
Quero a tua dor,
a tua voz,
o teu grito de dor!!!
...
Sente o alucinado beijo da morte
levando às costas, num saco cheio, a tua cabeça decepada...
...
Choro...
Pena....
Desculpas...
Arrependimento absurdo....
DOR!!!!
...
Canta dentro de mim e, desde dentro de mim,
deixa-me aterrorizar-te até ao mais intimo da dor!
...
Canta!!!
CANTA!!!
CANTAAAA!!!!

sábado, agosto 05, 2006

Memória olfactiva - Inacabado

Tenho nas mãos o cheiro do dettol... De cada vez que as elevo até a cara sinto o TEU cheiro e a minha memória olfactiva traz-te de volta a mim...
És o meu refugio, mais tipo uma amizade com alguns direitos extra, mas tá-se bem.
Faço de um tudo para disfarçar o sorriso quando te vejo. Sei que é escusado; tu ja me leste desde a porta de entrada, mas eu recuso-me a dar-te a carta de boas-vindas assim logo de rajada; entrego-ta depois, quando estivermos a sós.
Fugimos do mundo para nos refugiar algures na praia de Albufeira, um pouco longe, mas não muito, aí encontro as palavras que me fizeram falta nestas férias...
Sinto-me bem nos teus braços quase enrolada nas tuas pernas... O tempo está contra mim, sempre esteve, mas isso agora não me interessa; o que de facto importa é que enquanto o tempo está a passar EU ESTOU AQUI CONTIGO.
Passei todos estes dias a idealizar como seria e o que eu faria e diria quando estivessemos frente a frente... Passei a sentir saudades, ansia...
Por fim entrego os pontos, abraçada a ti, na tua Honda (que espero um dia vir a ser minha), e declaro:
- Senti saudades tuas..
És um mundo à parte deste meu mundo onde me meti algures no desespero, mas como Deus escreve MUITO certo por linhas demasiado tortas, sei que os nossos caminhos se cruzaram por sua intervenção, talvez o tal dito "acaso"...
Bebo as tuas palavras como se fossem o elixir da vida e ouço o teu olhar como se de uma melodia de Orfeu se tratasse... E sei que tudo está no sitio certo, na ordem correcta, exactamente como deveria ser.
Tenho saudades de fazer amor contigo...

Ré nas tuas mãos (Desabafo de uma condenada)

Por vezes atrevo-me a olhar mais longe, mais fundo, e sempre que me atrevo a ser assim vejo coisas que nem sequer quero notar. Por exemplo: Já notei há uns meses atrás que na tua lista de prioridades estou num lugar não muito privilegiado, em oposição àquele que tu ocupas na minha. Também tenho vindo a reparar que tenho perdido muito tempo a pensar em NÓS quando tu cada vez mais pensas em TI...
Acusas-me de ser e fazer e, por muito que me custe tentar, vou tentando, mas, por muito que tento não te agradam as minhas decisões, as minhas atitudes, os meus sonhos... Porra! Será que eu estou errada em querer mais do que isto e não me conformar com a vidinha que tenho?

21-Junho-2005
8:27 Pm

(Lei d)A gravidade (do assunto)

Sinto-me quase pronta para mais uma aventura. Ir de novo à descoberta, sem ter medo de perder o que já conquistei. Sei que não entenderias a minha quase fuga. Mas depois, quando voltasse aos teus braços terias a certeza de todo o meu amor.
Sei que por vezes fazemos planos de coisas que jamais se realizarão e, por isso, hoje, abrindo um novo capítulo de vida, decido não mais fazer planos que nunca terei coragem ou vontade de realizar.
Abro e faço as malas que, debaixo da tu cama foram ganhando pó e perdendo importância. Devagar, porque é assim que quero centrar-me no que faço: devagar, com muita calma e muito poderadamente para depois não me arrepender.
Dando uma olhadela no nosso passado apercebo-me que nem tudo foi em vão. Souberam bem algumas demoras e esperas, algumas surpresas e algumas piadas. Souberam bem muitos beijos e alguns por-do-sol, muitas luas e manhãs do teu lado, muitas palavras ditas na hora certa e muitos gestos que já se começam a dissipar na minha memória. Restam-me ainda demasiados dissabores e esperas prolongadas e dolorosas na memória afectiva, muitos actos e palavras agressivas ditas na hora errada (se é que existem horas certas para isso)... Muitos espinhos de ti e dos outros a quem tu permitias, por os tomares como amigos, falar daquela que eu fui para ti...
Amei-te todos aqueles dias, mesmo nos dias de tortura, mesmo nos dias de chuva, mesmo nos dias de sol, muito mais ainda nos dias de solidão, um pouco menos nos dias de discussão garantida e nos de esperas prolongadas, mas, feitas as contas, suponho que o meu amor por ti ainda tenha algum saldo positivo.
Nem sempre te amei de forma desigual; lembro-me vagamente que houve uma altura em que te amava como toda a dor que em mim existia, durante todo o dia, dias a fio, até começar a perder a confiança em ti. Aliás (!) "até perder a confiança em ti".
Nem sempre a culpa foi tua e nem sempre a culpa foi minha, foi também daqueles a quem tu permitias entrada livre na nossa relação, uma relação que, por a mim também dizer respeito, fazia parte da minha vida particular e que, por isso mesmo, não podia sob nenhuma circunstância ser violada e invadida da maneira que foi.
Vou fazendo as malas à medida que penso no nosso projecto falido, relação fracassada desde o ponto de partida. As imagens surgem de forma aleatória e a nossa história vai-me passando em filme pela mente em sequências ilógicas de prolepses e analepses, como se alguém ainda estivesse a encaixar os frames para fazer desta uma história menos falhada e mais bonita sem ter muito êxito na operação. De vez em quando uma lágrima ainda ameaça, mas não corre, não as deixo cair, não me parece que alguma vez tu tenhas valido uma só que fosse de todas as que eu já, por ti e por tua causa, chorei. Em vez disso concentro-me em dobrar a roupa da melhor maneira para que caiba direitinha dentro da mala, sem que sobre espaço para guardar as recordações que de ti e de nós não quero, nem preciso manter.
Está na hora...
Abro a porta e olho para atrás para ver se não deixo nada que seja meu e só meu, adquirido mesmo antes de te conhecer.
Fecho a porta, deixando atrás de mim tudo o que um dia foi nosso sem esperar voltar.
Deixo a cama a arrefecer do nosso amor que, num dia qualquer já perdido nos meandros da minha mente, inundou o mundo que conseguimos erguer à nossa volta, mas que ruiu por falta de paciência, entendimento e carinho.
Corre-me uma lágrima até baixo sem que eu tenha sequer vontade de a impedir, mas essa é apenas a lei da gravidade...

31-Maio-2005
2:26 Am

sexta-feira, agosto 04, 2006

Refugio

Tenho nas mãos o cheiro do dettol... De cada vez que as elevo até a cara sinto o TEU cheiro e a minha memória olfactiva traz-te de volta a mim...
És o meu refugio, mais tipo uma amizade com alguns direitos extra, mas tá-se bem.
Faço de um tudo para disfarçar o sorriso quando te vejo. Sei que é escusado; tu ja me leste desde a porta de entrada, mas eu recuso-me a dar-te a carta de boas-vindas assim logo de rajada; entrego-ta depois, quando estivermos a sós.
Fugimos do mundo para nos refugiar algures na praia de Albufeira, um pouco longe, mas não muito, e encontramos as palavras que me fizeram falta nestas férias... Sinto-me bem nos teus braços quase enrolada nas tuas pernas... O tempo está contra mim, sempre esteve, mas isso agora não me interessa; o que de facto importa é que enquanto o tempo está a passar EU ESTOU AQUI CONTIGO.
Passei todos estes dias a idealizar como seria e o que eu faria e diria quando estivessemos frente a frente... Passei a sentir saudades, ansia...
Por fim entrego os pontos, abraçada a ti, na tua Honda (que espero um dia vir a ser minha), e declaro:
- Senti saudades tuas..
És um mundo à parte deste meu mundo onde me meti algures no desespero, mas como Deus escreve MUITO certo por linhas demasiado tortas, sei que os nossos caminhos se cruzaram por sua intervenção, talvez o tal dito "acaso"...
Bebo as tuas palavras como se fossem o elixir da vida e ouço o teu olhar como se de uma melodia de Orfeu se tratasse...

quarta-feira, agosto 02, 2006

Caderninho de anotações

O meu coração é uma corda bamba cheia de caderninhos de anotações prestes e disponiveis para cair nas mãos de quem a minha vida so quer vasculhar...
Nesses caderninhos estão todos os meus segredos guardados sem nenhuma chave ou palavra passe.

German Lopes

Todavia aqui estoy, haciendo lo que tu, un dia me enseñaste a hacer. Cada dia sintiendo más la falta que me haces. Más hoy que ayer, más amañana que hoy, pero sé que de nada me vale enviarte una mensegen porque talvez ni la llegues a leer y mismo que lo hagas no me la vas a responder...
De momento já casi nada me és nuevo y todo tiene el mismo olor que ya no aguanto...
Hace unos dias vi el mail que me mandaste y vi tu fotolog... Li tu blog, hice una série de cosas que los demais tambien debrán haver hecho y fué eso lo que me desperto la falta que de ti siento...
Suponho que ainda estejas magoado e que de facto nunca vás ler este post, mesmo assim tenho vontade de extravasar o desejo de te falar e por isso tomo a liberdade que é minha para escrever no meu blog sobre o que eu quiser e me apetecer sem que, por o fazer, ter que enfrentar um série de perguntas desagradáveis e embaraçosas para as quais eu não tenho nem quero procurar respostas igualmente embaraçosas e complicadas. Apenas senti a a necessidade de escrever sobre ti, como se soprasse ao vento uma espécie de confissão para que ele ta entregasse directamente ao ouvido apenas para eu não ter de passar por aquilo que não quero. Não quero pensar se resulta ou não, quero apenas dizer que de verdade sinto saudades tuas e que, de vez em quando, olho para a lista de contactos do meu telemóvel e desejo ter força para te ligar e que tu me atendas, mas sei que não sou capaz e por isso mesmo já nem arrisco. Assumi o meu erro e acho que já paguei por isso, mas a decisão de terminar com uma amizade como a nossa foi tua e por isso, como todo o orgulho que eu tenho de ser quem sou e como sou, não vou ser eu que vou dar o braço a torcer. Lamento meu querido, mas as saudades que de ti sinto não são assim tão fortes, enfraqueceram no preciso momento em que vi que para ti era bem mais importante uma pessoa que acabaras de conhecer do que eu, a amiga de todos os tempos que tanto TU dizias ser a tua Alma-gémea. A partir desse dia esquecer-te foi fácil e viver sem ti revelou-se ser possivel e até mais agradável, sem as tuas crises de identidade e personalidade confusa por perto, para me desestabilizar o sistema nervoso...
Te quice mucho,en tiempos passados, ahora solo te deseo lo mejor a la distancia de un país entero entre nosotros e que logres todo lo que idealisate para tu vida. Un besote. Te me cuidas!