Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Tu e eu


Que dizer de nós? Não sei... Só sei que no meio daquela gente toda só havia um lugarzinho vazio ao teu lado. Parece que foi de propósito.
Ainda hoje não sei bem explicar como aconteceu tudo da forma como aconteceu, só sei que devagarinho já não queríamos estar por perto de mais ninguém se não estivesse a outra. Onde uma fosse a outra tinha que estar por perto, para acompanhar. A cada dia que passava maior era a nossa proximidade, havia sempre um gesto, um sorriso, um olhar, uma palavra, um sinal.
Éramos cúmplices e aquilo que nos unia já não era apenas uma bela amizade. Ambas o sabíamos, só acho que tínhamos receio de o declarar abertamente. E não tardou que os nossos lábios ansiosos se unissem num beijo que declarou tudo e deitou as barreiras todas abaixo. Os nossos seres se queriam, as nossas mãos se procuravam, os nossos olhares se cruzavam... Éramos tu e eu, já não havia mais ninguém.
Aconteceu. Aconteceu e foi lindo... A luz da lua entrava por uma frincha na janela e eu podia ver-te sorrir, a tua cara iluminada com um sorriso, os teus olhos fechados de timidez, os teus lábios esmagados nos dentes... Ouvia-te respirar ofegante, gemendo de baixinho... Sentia as curvas do teu corpo, as saliências e reentrâncias com as pontas dos meus dedos, com a ponta do meu nariz... Tu e eu unidas pela emoção, num único abraço, num único roçar de lábios... Breves momentos à luz do luar. Breves momentos que nunca mais se repetiram, mas que ficaram na minha memória com a importância que lhes é devida.
Obrigada por fazeres parte da minha vida e lhe dares um bocadinho mais de cor, minha querida amiga.

domingo, dezembro 27, 2009

O circo à volta do casamento gay

Há dias li um artigo sobre o casamento gay e toda a incoerência que à volta dele tem circulado ultimamente.

É de facto uma vergonha que só agora se tenha aprovado o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Mas mais vergonhoso é quando, em redor de uma união sentimental (é isso, não é? Ou serei eu que vejo as coisas demasiado cor de rosa?) haja tanto espectáculo como o que tem havido. E muito pior é que nós (os cidadãos) permitamos que um governo possa decidir se de facto duas pessoas que se amam se possam unir nos "sagrados laços do matrimónio", sendo elas do mesmo sexo ou não.
Para mim parece-me uma enorme fantochada que, nos tempos que correm ainda estas coisas sucedam. Não vou dizer que "só em Portugal" e lamentar-me como o bom português. E não o vou fazer porque infelizmente não é só em Portugal que estas coisas acontecem, mas vou lamentar que, nos mesmos tempos em que vivemos ainda estejamos atados a preconceitos e tenhamos medinho de nos unir a quem amemos e, ainda por cima, precisemos de "autorização" para o fazer. Isso era antigamente em que para namorar, as meninas, tínhamos de pedir aos papás. Mas não agora. Acho totalmente ridículo que se assistam a filmes-quase-porno-ao-vivo entre miúdos que ainda nem a idade legal mínima para votar têm e se considere isso "normal" mas que se considere que uma criança criada e educada, com tudo o que isso supõe, por duas pessoas do mesmo sexo possa vir a não ter uma vida sana (mentalmente falando).
Mas enfim... Estas são as mentalidades e contra isso nada se pode fazer, nem o governo pode agora fazer um referendo para que as mentalidades mudem. Assim como o governo não deveria ter o poder de decisão sobre este assunto.

Palavras de Côco e Canela

As palavras que me dizes não me enchem a barriga, nem me tocam na pele.
As palavras que me dizes não são actos, são meras palavras.
E as palavras leva-as o vento.
As palavras não se derretem ao sol, nem congelam sentimentos.


As palavras não têm conhecimento, só por si, elas nada dizem. As palavras não me bastam.
As palavras servem os seus intentos.
As palavras enganam, ridicularizam, ofendem. As palavras sendo apenas palavras nenhum poder têm.
São apenas palavras.

Com palavras podes fazer-me sorrir, mas nunca me poderás fazer amar.
Com palavras poderás chegar até mim, mas nunca dentro de mim poderás ficar.

Com palavras não fazes mais do que falar, escrever.


Com palavras não fazes amor e não tocas na minha pele suave de côco e canela que há tanto tempo te espera. Nem beijas os meus lábios de côco e pimenta nos quais ainda perdura o sabor dos teus. Nem desces pelas curvas das minhas ancas, nem mergulhas dentro de mim, nem sentes o meu calor, nem saboreias o meu corpo de canela e côco com a tua língua de baunilha e mel.

Com palavras não tens os meus olhos, as minhas mãos, os meus pés para adorar. Nem tens as minhas costas lisas para chicotear, nem os meus seios desnudos para te albergar, nem as minhas nádegas para morder, nem a trança dos meus cabelos para puxar.
Com meras palavras não tens os meus pulsos para fechar, nem a minha boca e as minhas pernas para abrir. Não tens os meus joelhos no chão, nem a minha devoção. Tão pouco tens as minhas lágrimas ou o meu suor.

Palavras são só palavras, não sentimentos. Falam de sentimentos, mas não são sentimentos...

Coisas que eu simplesmente odeio...

Comida sem sal, salada com vinagre...
Gente hipócrita...
Ciúmes...
Gente curiosa que só quer saber da vida alheia...
Insectos de toda espécie...
Acordar ao meio da noite e não conseguir voltar a dormir...
Racismo, preconceito e falso puritanismo...
Levar o lixo à rua...
Ficar sem água quente a meio do banho ou sem gás enquanto cozinho...
Unhas roídas e pés com calos...
Que me façam perder tempo...
Que me digam o que devo fazer...
Ficar sem saldo a meio de uma chamada...
Que me cravem moedas ou cigarros...
Fazer a lista das compras e esquecer-me dela em casa...
Perder as coisas...
Esquecer-me sempre de onde deixo o carro nos centros comerciais...
Discutir por telefone...
Que me digam que não tenho razão quando eu sei que a tenho...
Ter insónias de noite e passar os dias a cair de sono...
Que façam barulho quando tento dormir...
Gente que passa o domingo a dormir...
Crianças barulhentas, mal educadas, caprichosas e birrentas, cães sujos, barulhentos e preguiçosos e velhos que parecem crianças...
Gente que está-se nas tintas para os demais...
Filas de trânsito e no banco...
Gente que trabalha de cara ao cliente/consumidor e que não entende puto do que deveria estar para ali a fazer...

(to be continued)

sábado, dezembro 26, 2009

À ùltima da hora

Era uma noite igual a outras tantas. Jantei só, como todos os dias, bebi café e acendi um cigarro, o último (raios, como eu detesto os últimos cigarros!...)
Levantei-me da mesa, apaguei a luz e fui até à porta, abri-a e inalei profundamente um pouco daquele ar gélido, dei um bafo naquele último cigarro e pensei em tudo, percorri todos os pequenos detalhes daqueles meses ao pormenor sem encontrar uma única falha, alguma resposta.


...

Depois disso, esmaguei o que restava do cigarro com a ponta do sapato, fechei a porta e, às escuras, dirigi-me para o quarto. Sentei-me na beira da cama e desejei chorar, desejei rir às gargalhadas, desejei fazer algo, qualquer coisa. Em vez disso estava vegetativamente parada a olhar para o nada.

...

Não estava triste, nem me sentia extraordinariamente mais só do que em outro dia qualquer. Tão pouco estava feliz; sabia que o que tinha feito não era motivo para me sentir feliz. Mas sentia-me incomodamente confortável com a minha decisão e tinha uma certeza na minha mente: foi melhor assim. Ainda hoje continuo a ter a mesma certeza.

Por que você é hétero?

O seguinte texto foi retirado de um outro blogue. Tem questões muito pertinentes. Se gostarem podem copia-lo e postar no vosso blogue. Desfrutem.



1. O que você acha que causou a sua heterossexualidade?

2. Quando e como você decidiu que era um heterossexual?

3. Você acha possível que a sua heterossexualidade seja apenas uma fase que você um dia irá superar?

4. Você não acha possível que a sua heterossexualidade tenha origem em um medo neurótico de outros do mesmo sexo?

5. Os seus pais sabem que você é heterossexual? Seus amigos e colegas sabem? Se sabem, como foi que reagiram?

6. Por que você insiste em exibir a sua heterossexualidade? Você não pode apenas ser o que é e ficar na sua?

7. Por que os heterossexuais enfatizam tanto o sexo?

8. Por que os héteros insistem tanto em forçar os outros a adoptar seu estilo de vida?

9. Uma maioria desproporcionalmente alta de pedófilos é heterossexual. Você não acha perigoso expor crianças a professores heterossexuais?

10. O que exactamente um homem e uma mulher fazem na cama? Como podem eles saber como agradar ao outro, sendo tão diferentes anatomicamente?

11. Apesar de todo o apoio que o casamento recebe, o divórcio cresce exponencialmente. Por que existem tão poucas relações estáveis entre heterossexuais?

12. As estatísticas mostram que a incidência de moléstias sexualmente transmissíveis tem seu índice mais baixo entre lésbicas. É realmente seguro uma mulher manter um estilo de vida hétero e correr o risco de doenças e de uma gravidez indesejada?

13. Como pode você se tornar uma pessoa inteira se você se limita a uma heterossexualidade exclusiva e compulsiva?

14. Considerando a ameaça de superpopulação,como poderá a raça humana sobreviver sendo todo mundo heterossexual?

15. Dá para confiar na objectividade de um terapeuta heterossexual? Você não sente que ele/ela poderá estar inclinado a influenciá-lo na direcção de suas próprias experiências?

16. Parecem haver tão poucos heterossexuais felizes. Já foram desenvolvidas técnicas que podem permiti-lo mudar se você desejar. Você já considerou a hipótese de tentar a terapia de conversão?

17. Você gostaria que um filho seu fosse heterossexual, mesmo sabendo dos problemas que ele/ela vai enfrentar?

18. Se você nunca foi para cama com alguém do mesmo sexo, será que você não está mesmo é precisando de um bom amante gay?

Véspera de natal


Talvez tenha sido cobarde ao fazer de tudo para poder evitar encontros. E a minha cobardia não tem sequer uma explicação lógica. Poderia divagar sobre os milhentos motivos pelos quais não estive presente, mas a verdade é que pura e simplesmente não estive porque não o desejei realmente, porque só a ideia de me encontrar convosco me apavorou e eu odeio estar e agir sob o efeito do pânico.
Sei o quanto quiseste partilhar este dia comigo, sei que te fazia ilusão ter-me por perto e o quanto te desagradava a ideia de eu poder vir a passá-lo sozinha. Sei que receaste que não fosse e o teu medo se concretizou. Eu estava convencida a ir. Mas depois, tal como as nuvens inesperadas que cobrem o sol quente que brilha no imenso céu azul numa qualquer tarde de Verão, a minha vontade mudou. Comecei a questionar-me e a imaginar o constrangimento que iria sentir. Interroguei-me sobre o assunto e, depois, muito devagar, comecei a fazer a mala. Eu sabia que àquela hora já não iria adiantar, aliás, na realidade eu não sabia, mas eu rezava. Assim, pensei eu, não teria de te mentir quando me perguntasses, assim, julgava eu, ficaria de consciência tranquila por saber que, pelo menos e apesar das hipóteses, eu tinha tentado ir.
Dias, semanas antes eu tinha-me convencido a ir. Prometi-me fazer o esforço de passar por cima daquilo tudo que senti e ir. Mas não sei ser uma pessoa melhor do que tenho sido até hoje, ainda não me sinto preparada para certas coisas e não me quis meter numa situação que eu já sabia que seria desconfortável. Por isso não fui. É certo que dormi até mais tarde do que é habitual, é certo que já não haviam comboios que me levassem, mas acima de tudo eu não quis ir, ou melhor, eu não tive a coragem de ir.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Bé e Lili

Eu sei que amar-me é difícil. Que não sou a pessoa mais querida do planeta onde viemos parar. Que a minha maneira de dar amor e carinho é dar patadas e berros. Que às vezes consigo mesmo ser detestável. Que sou demasiado orgulhosa e não sei pedir desculpa, nem ajuda. Mas também não consigo lidar com o perdão dado ou recebido. Que sou a última a dar um elogio e a primeira em criticar. Sei que faço muitas coisas que te deixam confusa e que te acabam por magoar, muito. Eu sei. Eu sei, muito embora não o diga. Estou bem ciente dos meus defeitos embora insista em dizer o quanto me amo e o quanto tenho orgulho na personalidade que tenho.
Sei que todas as dores que te fiz sentir só nos fizeram mal; teria sido tão mais fácil se eu não fosse assim, se eu não agisse assim. Mas sou assim. Não vou dizer que não vou mudar e justificar-me dizendo que cada um é como é e que nada deixa de ser o que era para passar a ser o que nunca foi. E não o vou fazer porque tu me ensinas a cada dia que eu posso ser uma pessoa melhor, mesmo com o mau génio que tenho. A cada dia, embora nunca to tenha dito, penso em ti e, quando acordo, desejo-te um bom dia, mesmo que na noite anterior me tenha chateado contigo à conta de nada e te tenha dito cobras e lagartos. Agora lembro-me daquela noite que te tratei tão mal na net que até me deixaste a falar sozinha. Desculpa. Eu sei que fui má e que, mesmo quando o estava a ser, eu sabia-o, embora não conseguisse parar. Mas mesmo tendo ido chateada contigo e comigo para a cama incluí-te nas minhas orações. Acho que isto é o que chamam de amizade... (será?)
Este ano poderia ter sido muita coisa se ambas tivéssemos tomado diferentes decisões das que tomámos, ainda bem que não. Felizmente nos conhecemos e construímos uma amizade muito bonita. Uma amizade que me faz sorrir, mesmo quando me chateio contigo. Uma amizade sem malícia.
Quero agradecer-te toda a paciência que tens comigo, não sei se eu teria a mesma dose, mas é de louvar. Quero agradecer-te por teres entrado na minha vida e teres tomado um lugar tão importante como o que hoje tens. Quero agradecer-te, pois também tu me deste aquela força que me faltava para me matricular na faculdade. Quero agradecer-te por me abrires as portas da tua casa, mas mais importante as portas do teu coração. Do fundo do meu coração, o meu sincero Obrigada.
Hoje, que ainda faz pouco tempo nesta amizade que quebrou barreiras e que desejo ser longa, quero dizer-te que és importante na minha vida. Mesmo que não faças nada, que fiques só quieta e calada lá longe nas terras mouras onde estás.
Quero que saibas que te quero muito, que te quero bem. Que recordo com um trago doce os dias e tardes e noites que juntas passámos, as palavras que nos dissemos, as coisas que juntas fizemos. Quero que te lembres que, independentemente de onde eu vá, terei uma parte muito importante de ti que nunca ninguém poderá ter. Que te dou toda eu, nos meus melhores momentos para que possas continuar a contar com a minha amizade.
Quero que te assegures que nunca deixas de ser a menina doce com o coração mais maior grande do mundo que és, para que nunca ninguém te possa dizer o contrário.
Quero que tenhas presente que és grande, na minha vida e na vida de muita gente, nunca permitas que te façam mal.
Eu, por mim, quero continuar a cuidar desta plantinha que é a nossa amizade, para que ela cresça grande e sadia, para que viva muitos anos.
Mesmo que o meu lugar no mundo não seja este ou nenhum outro com paradeiro certo estás e permanecerás dentro de mim, como amiga, amante, amada. Sim, porque eu te amo como amiga mas também te amei dessa outra maneira.
Desejo-te tudo de melhor, independentemente de todas as tuas acções passadas e futuras, independentemente das tuas decisões. Tens sempre o meu apoio. Estou aqui, por agora não vou a lado nenhum, não vou fugir, nem esconder-me, mas mesmo que vá para parte incerta espero que saibas que nunca me escondo de ti.
E, no fim disto tudo, resta-me dizer que por detrás de cada berro que te dei esteve sempre o carinho incondicional que por ti sinto.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Tragédias do dia a dia de uma escritora em ascensão



Depois de uma altura do ano na qual estive bastante ocupada com as frequências e sem Internet (eu juro que eu não tinha nenhum desfalque de 100 euros de net com a operadora lala) volto agora a escrever algumas coisas no blog. Sim, eu sei que sentiram saudades minhas *.*
Durante todos estes tempos em que não tenho escrito, para além das frequências e da falta de net devo deixar bem claro que não estive parada, de facto até tenho escrito muito. Retomei a escrita a caneta (sim, ainda me lembro de como se escreve a tinta...) num caderno a que chamo de "Diário"... (Oh meu Deus! Já não me lembrava da emoção que era escrever todos os meus podres num caderno e recear que alguém o pudesse ler!...). Além do "Diário", tenho escrito alguns textos para os meus blogs que, assim que tiver oportunidade e os encontrar, (eu JURO que sou muito organizada com as minhas coisas) tratarei de publicar.
Para aqueles que não sabem, tenho andado de voltas com um blog novo que criei, que ainda não se encontra disponível para leitura e que é uma espécie de prelúdio do meu primeiro livro, que por motivos alheios ainda não me foi possível publicar e, por isso, desde já justifico a minha ausência deste Macaquinha. Além disso, tenho andado muito ocupada a tentar levar a bom rumo o meu segundo livro, que por agora tem andado meio parado, porque ando sem ideias... O que me lembra: quem tiver alguma história engraçada, sobre drogas, sexo ou afins, que queira ver escrita no livro pode manda-la. Entretanto e aproveitando que tenho net novamente, estarei no messenger, escondida, como sempre, mas quem quiser falar é só mandar um "olá" e eu respondo.
Dito isto, volto a escrita do segundo livro, ou melhor, retomo o meu bloqueio...

Beijinhos da Bé (A.K.A Eli)

Plus que tout - Christophe Willem

É Natal....
























Bem, como todos sabem é tempo de natal. Aquela maravilhosa época do ano onde tudo é feito com um objectivo maior (tudo com sentimentos genuínos LOL) e é tudo muito lindo *.* e as pessoas são todas muito felizes e há muito amor e paz na terra (Só um minuto: eu vou só ali vomitar um bocadinho e já volto =X).

Como sabem, eu e o natal nunca fomos propriamente muito chegados, mas este ano o espírito natalício está mesmo a conseguir entranhar-se em mim de modo a provocar-me náuseas, de um lado as toneladas de publicidade de missões e campanhas solidárias, com as suas musiquinhas irritantes, do outro o frenesim de compras e consumismo que estranhamente esta quadra gera nas pessoinhas, passando, claro está, pela harmonia que reina e todos aqueles sentimentos bons que apenas nesta altura do ano todos parecem nutrir... Enfim...

Para quem não sabe esta é a época do ano mais solidária de todas (haverá alguém que não saiba??). Esta é a altura do ano onde todos nós nos tornamos um pouco mais "humanos" (alguns até de mais -.-'') e ajudamos os mais necessitados, mesmo sem saber quem estes são lalala. É na quadra natalícia que aparecem dezenas de campanhas solidárias, as missões isto, as causas aquilo e paz na terra, etc, etc...

Uma das já habituais campanhas solidárias do Natal é a do Banco Alimentar que, todos os anos, volta para atulhar as entradas dos nossos hiper e supermercados com gente estranha envergando saquinhos de plástico (nem reciclados são hunf!)

- Blá, blá, blá Banco Alimentar? *voluntário do BA com sorriso assustador envergando saquinho de plástico*

Ora, como eu vivo mesmo ao lado de um hiper e sou daquelas pessoas que de cada vez que precisa comer tem que ir ao restaurante ou às compras (eu juro que não é por preguiça de levar tudo de uma só vez lalala) então já estão a imaginar quantas vezes já terei ouvido essa perguntinha este ano e o quanto isso me irrita... (hum... Agora que penso nisso, estranho ainda não a ter memorizado...). Tendo em conta que no natal tudo está fechado e os restaurantes não são excepção, isso significa que terei de lá ir antes que feche para comprar algo para cozinhar alguma qualquer mistela *cof cof* prato delicioso em casa.

Todos os anos temos também aquelas publicidades de lojas de brinquedos com músicas alegres *.* e mensagens de solidariedade *.* e paz na terra (eu vou só ali vomitar mais um bocadinho das minhas entranhas e já volto =X). Este ano, para não ser excepção temos, de um lado do tapete, (sempre quis dizer isto *.*) a Popota que dança que se farta (já viram como ela abana aquele ENORME cu? *smile com olhos de coração* LOOOOL) e a Leopoldina e a ordem das asas (este nome POR ACASO não vos faz lembrar de nada? Tipo uma novela qualquer ::pensar:: ou será um filme de efeitos especiais? hummm ::pensar mais um bocadinho::).

No natal tudo é pretexto para dar cabo do saldo da conta bancária. Há dias fui a uma loja de telemóveis comprar um carregador de automóvel pro meu telemóvel e no final perguntaram-me se eu arredondava.... Mas que raios!? O que é isso? *Olhar de WTF* (Eu sei o que é arredondar -.-", estava só a perguntar o que raios é essa campanha do arredondar...)

Bem, adiante, o ponto é que até eu já canto essas musiquinhas e ando de sorrisinho estampado na cara como se tudo funcionasse às mil maravilhas, excepto o comércio, que por estas alturas ganha toda uma nova cara e se renova.
MAS NÃO! NADA funciona às mil maravilhas: as escolinhas estão fechadas e a pequenada anda por aí a destruir os ouvidos alheios (nada que me incomode, eu até gosto muito de ouvir a TV do vizinho em altos berros ás oito da manhã com os desenhos animados ou ir ao café tomar uma bica "embalada" pelos gritos dos fedelhos da mesa ao lado).
A faculdade fechada está, o que significa que, como estão todos com as famílias (excepto eu) os meus colegas da uni e do trabalho estão também naturalmente em casa, com as respectivas famílias o que me deixa um pouco à nora e sozinha, sem contar que nestes dias ando um bocado à toa sem saber bem para onde ir, nem o que fazer (além de me lamentar da minha vida, coisa que eu nunca faço. JURO! lalala). O que me leva a outra questão: a Vodafone encerrou as portas do paraíso, ou seja, até dia 7 de Janeiro (que é ainda no próximo ano e ainda falta muito pra lá chegar) as mensagens deixaram de ser grátis e as chamadas também se pagam (o que para mim não é problema nenhum não fosse o PEQUENO pormenor de o meu saldo estar a zeros vírgula zeros) o que me impede de estar em contacto com o pessoal.
Como por esta altura toda a gente vai ou fica de férias tenho sempre a desdita de me encontrar com gente que não quero ver nos mais inusitados sítios (desde a padaria daqui da terra, até ao cinema do centro comercial onde nunca ninguém vai LOL).
A programação televisiva inunda-se de filmes e desenhos animados com mensagens de amor e entreajuda e etc (mais um bocadinho de vomito!), não que eu veja televisão, até porque não vejo, mas OUÇO televisão (não, não era "rádio" que eu queria falar, era mesmo "televisão", a do vizinho, subentenda-se...).
E, como se não bastasse temos o clássico ritual das prendas de natal, com o qual eu raramente fico satisfeita (será porque sempre recebo prendas de caca enquanto eu dou prendas que são o máximo, apesar de eu nunca oferecer nada?). E pronto já expliquei porque não gosto do natal! XD

Bem, mas independentemente de tudo isto e do meu mau humor:
Desejo-vos a todos um feliz natal e uma melhor passagem de ano! :)
Beijinhos da Bé (A.K.A Eli)