Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Cover my eyes




Às vezes algo dentro de nós quebra. É como se fosse o som de um copo de cristal que se estatela no chão frio. Há alturas em que, apesar de tudo estar bem, há algo que simplesmente não encaixa, há uma sensação de vazio, como se a casa estivesse desprovida de mobílias e vivências. Nestas alturas nada parece estar bem, o ar que entra pelas narinas até os pulmões custa mais a respirar, os olhos parecem querer-se fechar e não querer ver mais, as mãos ficam vazias e baixamos os braços por sabermos que já nada mais há a fazer. Então o nosso coração fecha-se e faz luto, o nosso corpo fraqueja, a voz emudece, os lábios selam-se e os pés que não se movem, que não se conseguem mover, que não se iriam conseguir mover mesmo que a morte viesse ao nosso encontro, permanecem assentes no chão que desaparece à frente dos nossos olhos.
Todos os períodos de luto são difíceis, mas não saber o motivo de luto parece-me bem pior. É quase como o amante que desaparece no auge da paixão, como chuva num dia de Verão na praia, como comer sem apetite ou fome; o espírito chora sem que haja lágrimas, o coração dói e sangra sem ter sido ferido.
Dantes era tudo tão mais fácil... Dantes, quando as nossas palavras não eram zangadas, nem tristes e a harmonia dos nossos espíritos residia na entropia dos nossos corpos, era tudo tão mais fácil!... Agora, que já nada é como dantes e que a distância, os amigos, as opções de vida nos separam e tudo parece ter-se encaminhado da melhor maneira nas nossas vidas, tudo o que um dia esteve lá, soube e esteve bem, hoje é triste e amargo e o entendimento de nós se afastou. Bem sei que nada voltará a ser o que foi e que é preciso saber seguir o caminho que a estrada da vida desenha à nossa frente, mas não quero desatar laços contigo, preciso do nosso bem-estar para não me custar tanto a vida longe de nós.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Dia dos namorados

Eu sempre achei que o dia dos namorados era uma grande treta, até porque todos os anos o passava sozinha, isto é, sem namorado. Este ano resolvi passa-lo com um grupo de amigos e não lhe vi grande piada tambem. Acho que há coisas maiores do que se passar uma noite que se quer e planeia perfeita da mesma maneira que toda a população o parece fazer. Nunca liguei ao dia dos namorados, não só por nunca o ter vivido da mesma maneira que a maioria dos amigos que conheço, mas talvez por saber que o bom funcionamento de uma relação não depende unica e exclusivamente de uma prenda dada, um jantar a dois, UM unico dia. Sempre acreditei que, por mais difíceis que sejam, as relações, sejam elas de amizade, amor, profissionais ou até de desamor, se vão construindo. Dia a dia. Devagar e com paciência, com perseverança, com muitos avanços e recuos. Sempre acreditei no poder do diálogo e da honestidade frente às dificuldades, sempre acreditei quese formos tão sinceros como queremos que os outros sejam connosco cada vez mais sinceros serão os outros também, tipo ciclo vicioso. 
Não sou quem para falar de amores romântico, até porque já estou um pouco descrente, mas acho que, apesar de ser mulher de poucas, posso falar de amizades. Nunca fui muito fácil de me relacionar com os outros, nunca fui muito tolerante e creio haver sido um pouco arrogante em algumas situações, com pessoas que o não mereciam. Adiante! No entanto e, consciente dos matizes menos coloridos da minha personalidade, posso dizer que tenho bons amigos; amigos aos que posso agradecer, sem ter necessidade real disso, porque a amizade, tal como o amor, não é coisa que se agradeça. No fundo acho que não falhei assim tanto; sempre fui muito sincera e embora às vezes possa dizer que tenho uma sinceridade de cortar à faca e que dar carinhos e palavras floreadas não é o meu forte, não me considero das piores amigas para se ter. Sempre podia ser daquelas amigas que sugam toda a nossa energia e nunca estão presentes quando precisamos, ou daquelas que se riem connosco num minuto e no minuto seguinte se riem de nós nas nossas costas, ou então podia ser daquelas amigas que só se lembram de ti quando já não há mais ninguém, mas não! Eu nao sou dessas amigas, amigas dessas não interessam a ninguém! Eu sou mais daquelas amigas que te puxam pra cima quando realmente o precisas, te dão um valente puxão de orelhas quando acham que mereces, mesmo que, a teu ver, não o mereças., que te dizem as coisas tal como as veem mesmo que isso te faça ficar em casa com uma depressão num sábado à noite. Mas também sou daquelas amigas com quem podes sempre contar, que acredita no poder do diálogo e que sabe que há sempre algo mais, algo maior, algo mais forte por muito que não to diga. Se eu tivesse uma amiga muito amiga queria ter uma amiga assim, porque saberia do que ela poderia ser capaz para defender-me de quem me possa fazer mal, porque saberia que com ela poderia ser nua de segredos e máscaras porque a salvo estaria a minha integridade como pessoa com ela, porque saberia que por maior disparate que eu fizesse ou dissesse esse seria o nosso segredo e não seria revelado a mais ninguém que o pudesse esmiúçar e utilizar em contra de mim. Ah!.... Mas um dia destes, espero, hei-de ser uma amiga diferente, daquelas que tu desejas ver em mim, para que nunca te canses de mim, e hei-de guardar as criticas para mim, porque sei que, por muito que te façam crescer também te doem, hei-de calar os gritos que tentam sair para te chamar à razão, porque te ferem e te parecem injustos, hei-de ficar sentada a ver-te caminhar e hei-de torcer que caias, como a amiga que tu desejas que eu seja. Um dia destes surpreendo-te e, nesse dia, no mais intimo de ti, hás-de desejar que nunca o tivesse feito...

Quando tudo está certo mas nada encaixa

Às vezes parece que tenho o coração cheio de amores proibidos.
Não, não dói, já doeu tudo o que tinha para doer, mas é uma sensação estranha que me deixa quieta, muda... Às vezes parece que é tudo uma ilusão e que todas as coisas nunca sequer aconteceram, não sei bem explicar, é como se se tratasse de um daqueles sonhos onde sentes tudo como se fosse real, só que não o é. Hoje sinto-me estranha, zangada, triste, vazia, sem estar bem... Sei que tudo está da forma como seria suposto estar, sei que as coisas estão no seu lugar e ordem correcta, mas parece que nada encaixa...
Hoje acordei as 5 e pouco da madrugada, por culpa das minhas insónias, fui até a cozinha, dei uma trinca num pão com queijo e um gole de café com soja, sentei me à mesa e pensei... Pensei em quem eu era e quem eu sou e quem posso vir a ser... Pus-me várias hipóteses e nenhuma me agradou particularmente, fiz-me várias perguntas mas não obtive nenhuma resposta. Comecei a sentir saudades, saudades da menina que fui, do meu sorriso, da tua companhia, dos amigos que deixei para atrás, tive até saudades do meu futuro...

06:44am, 14 de janeiro, 2010

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Lean on

Hoje sinto-me melancólica. Como se algo dentro de mim se tivesse quebrado, como se os pós de perlimpimpim se tivessem esgotado e eu, por dentro, já não fosse feita de talha dourada. Como se a minha alma chorasse um choro inaudível, imperceptível, sem lágrimas nem dor, que no entanto dói... Empty...

Esta musica traduz o que hoje sinto...

Heartbeats by Jose Gonzalez