Quando o sol se intimida e o vento despe as arvores, é quando mais custa e dói o amor... Ouvem-se as folhas no chao tombar e a chuva a chorar; primeiro pouco a pouco, meio a medo, depois com a força e as ansias de uma mulher abandonada cujo coraçao sangra em dor...È assim o Outono... Cheio de frio que nos entra pelo nariz e nostalgia no odor matinal da terra molhada.
È quase sempre a altura de renovaçao, nao so a que a sabia Natureza escolhe para se limpar , purificar e renovar, mas tambem a que o meu coraçao escolhe para se curar e a minha mente para se auto-analisar....
Foi tambem a que escolheu a nossa sociedade para celebrar o nascimento do Redentor...
É tambem a minha preferida, apor ser a mais romantica do meu ponto de vista...
E neste Outono, onde nao ha espaço para as fotografias que nao te tirei e nem mesmo para as que de ti conservo, abro o meu libro chamado coraçao e arrancando-lhe, devagar, as folhas, te entrego o meu de ti esquecimento, liberto as memorias que de ti tenho e deixo-as permanecer num Mexico agreste para um europeo para onde foste sem mim, com planos de a mim voltar, sem que esperanças disso eu tivesse... Apago os odores que ainda conservo e as noticias que de ti nunca cheguei a saber atraves de mails e telefonemas de longa distancia que nunca foi possivel receber, porque nunca tiveram envio.... O fim de nos nao se precipitou e ainda nao chegou; nao te apago do meu ser, nao te deixo abandonado à frieza do meu nao te querer, apenas te deixo desguardado na ausencia de ti, enquanto o Tempo resolve nao te trazer e a Distancia nao se decide a encurtar.... Que é o mesmo que dizer "Até que ainda nao sejam as 17:08 do dia 21 de Fevereiro de 2008 e te veja a sair fpelas portas de desembarque com a mala a rolar atras de ti..."