Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

segunda-feira, maio 26, 2008

Amor Egoísta

Há muito tempo me encontro sem respiro, sem alento de sensação alguma que me possa voltar a fazer vibrar o coração... Sinto-me... vazia. Não sei, ou talvez deseje não saber, de onde vem esta vaziez tão minha na qual caí.

Finjo que os dias passam todos diferentes, mas no fundo, desde que foste embora, todos os dias são ausentes, não digo que neles têm o cheiro do grito da dor porque nem isso me deixaste para poder recordar-te agonizando. Fizeste com tanto todo-o-cuidado as tuas malas e deixaste de estar aqui. Não digo que te foste; eu não te vi partir, acho até que nunca aqui estiveste, terá sido imaginação minha... Nunca chegaste a passar de perfeição sentida, ou melhor, perfeição pressentida que é, em muita coisa, diferente ao que se vê por aqui...

Não posso dizer que sinto saudades tuas, mas sei que sinto falta de algo... Não diria de ti, mas do hábito a ter-te por perto... Acho que me acostumei a ter-te para, no caso de me encaprichar, poder, na falta de outro alguém, dispor de ti... Egoísmo puro o teu, dirias se pudesses ler o que em silêncio te digo.... E digo-o em silêncio apenas porque não quero que te apercebas da falta que sinto de tua presença, isso seria como dar-te um troféu e eu não estou habituada a perder para ti.

Já passou bastante tempo desde que vim para este lado do mundo buscando algum refúgio e conforto para o nosso desabandono sorrateiramente mútuo e, ainda aqui, me encontro mais na eminencia de te ver ao cruzar da esquina... Como se fosses passar em frente à minha janela do 9º andar montado numa bicicleta destas amarelinhas que há na cidade....

Não, eu SEI que não vais passar, mas sinto que a cada sol novo não vou poder evitar cruzar-me contigo numa rua qualquer e talvez seja isso o que mais me irrita: que não passes para que me possa atravessar em frente à porcaria da bicicleta e provocar um acidente, fazer-te cair da amarelinha e, mesmo que me atropeles com força, mesmo que me magoe bastante, poder provocar-te nem que seja tão só um susto... Apenas... queria... ver-te... CAIR...

domingo, maio 25, 2008

Gente

Na minha vida há muita gente:
Gente que vive em mim e no meu dia a dia.
Gente que faz parte de mim quer eu queira quer não.
Gente que gosto muito, gente que gosto menos e gente que não gosto mesmo nada.
Gente que quero conservar senão no meu dia a dia, pelo menos no meu coração.
Gente que entrou ao acaso... Gente que não entrou ao acaso.
Gente que está viva e gente cujo corpo já não figura do nosso mundo carnal mas vive dentro de mim e em cada gesto meu...
Gente que marcou; positiva ou negativamente.....

Por existência de toda esta gente eu não posso ser um Ser Avulso... Por existência de toda esta gente a minha vida vai e vem em direcções nas quais eu não espero, ou desejo...
Na minha vida há muitas pessoas e se eu quisesse falar de todas elas em particular este post não seria suficiente, por isso hoje só vou falar de umas poucas que são aquelas que quero conservar, mesmo que elas não o queiram, na minha frágil e melancólica memória...

De ti roubarei todos os fragmentos que possa para, numa espécie de vitral criar uma imagem aperfeiçoada de ti para que de mim nunca mais tenhas bilhete de saida...
De ti respirarei cada alento como se meu ultimo fosse, como se dele minha própria vida dependesse e dele pudesse voltar a renascer...
Por ter um pedaço de ti roubo a mim o meu tempo e energia para que nesse tempo através dessa energia possa fundir a imagem aperfeiçoada de ti em minha mente....
Em ti deixarei marcas que possas um dia buscar no mais intimo de ti com as quais me possa fazer, renascer ante ti, em ti, por e para ti...
Por ti desejo que o tempo regresse ate aquele instante onde, num gesto ledo conseguimos para o tempo e a rotação da terra, num acto puro de historia, daqueles actos de historia que a História jamais há-de recordar e dos quais a Historia se alimentara indirectamente pare ser ela uma nova historia com muito maiores dimensões de tudo, de ti e de mim incluidos....
Atrás de ti seguirei apenas o tempo estritamente necessário para poder debilitar as tuas defensas de guerreiro e da tua fragilidade me possa alimentar tal como um verme hospedado no âmago de ti...
Em mim gravarei canções e cheiros na memoria mais interna de mim para que nada a nos externo possa defraudar a agridoce idealização de ti em mim...

sexta-feira, maio 23, 2008

Fantoche de mim

Ontem à noite aconteceu uma coisa que eu julguei não poder viver o suficiente para presenciar... Um acontecimento minúsculo que envolve muita matéria, muita gente, muita coisa....
Ontem, distraída como sempre, porque levo a cabeça no bolso e esqueço-me de rechea-la de pensamentos assim que me levanto da cama, aproximei-me da janela do meu quarto novo e, em vez de separar a cortina de um esticão como sempre o faço, espreitei timidamente, como se espiasse a vizinha da frente e foi então que, inspirando fundo fundo, mas mesmo muito fundo, para sentir a que cheirava o dia de ontem, como que para perder-me nas recordações olfactivas que levo guardadas no bolso das calças de ganga, me dei conta que as coisas mudam... ou melhor dei-me conta que os dias têm quase sempre o mesmo cheiro, mas apenas QUASE, ou seja, há sempre uma pequena nota distinta que altera o cheiro total de um dia... Refiro-me apenas a dias, não a pessoas, nem sensações, nem coisas; isso já são assuntos mais profundos e complexos nos quais, a estas horas da madrugada (0:50 de Sábado, 24 de Maio de 2008), não sou capaz de formular o menor raciocínio com um mínimo de sentido...
Ontem, como uma mulher ciumenta à procura de um vacilo do seu companheiro de guerra, arrumando com um dedo ou dois a cortina branca e azul da janela do meu quarto, espreitei e vi.... Vi que o meu passado e o meu futuro me foram desleais....
Olhando a minha vida como se dela eu não formasse parte, como se EU fosse a minha vizinha, vi o meu futuro dar a mão direita ao meu passado num gesto que abalou para todo o dia a minha inestavel estabilidade.... Vi que afinal aquela que não encaixa sou EU e que ELES são os actores principais na peça que a mim me pertence: A Minha Vida...
Ontem, pela tarde do dia 23 de Maio de 2008, Sexta-feira, Eu, Little Monkey, pude ver, ante meus incrédulos sentidos, o meu passado enrolar-se com o meu futuro e, vendo-os assim, desde a janela do meu quarto, ontem, tão enredados um no outro a beijos tive outra visão: a minha vida ainda me pode surpreender... E assim, sentindo-me uma idiota chapada, por ser tão cega, esbocei um sorriso de cumplicidade comigo mesma, pois sei que sou eu de novo e me sinto renascer, pronta para fazê-lo tudo outra vez... E se for contigo podemos ser felizes e fazer-nos felizes com a felicidade de cada um, não achas? Sem regras nem restrições, tornar realidade uma utopia que, para dois, tenho reservada numa gaveta, bem guardada, esperando o momento certo... Fazê-lo tudo outra vez e deixar-me querer de novo novinho em folha, por um amor já antes vivido que, no seu tempo, não se soube aproveitar ou não se pôde...
Pode ser que o meu passado e o meu futuro se tenham juntado para dar-nos uma chance mais... E, afinal de contas, é tão bom voltar a amar, não é?

domingo, maio 11, 2008

A história de Z

Z é a típica miúda de papá... Tem tudo o que pede e precisa e nunca ousaria ter menos do que tem. Não pode fazer nada em contra, ela apenas foi criada assim, desde sempre, e contra isso não há nada que fazer...

Estuda na faculdade, tem uma motito que o pai lhe comprou pelas festas e com a qual sai quase todas as noites. Nunca avisa a que horas chegará; nem ela mesma o sabe. Diz que vai de copas com alguma amiga desconhecida dos pais. Vai sempre muito elegante para apenas tomar um café ou uma cerveja, mas eles não vêem mais que isso. Será vaidade....Vai-se lá saber...

Na facu, os amigos notam que Z leva sempre uma bolsa grande, vai muito maquilhada... Uns dias vai algum tio busca-la outros vai outro tio, e outro tio num outro qualquer dia.... Falta às aulas da tarde às vezes e nunca lhe falta dinheiro na carteira... Z leva dois telemóveis e isso intriga os pais, porque nenhum deles foi o que lhe deram como prenda de aniversario e também sabem que não foi ela que os comprou.... Sempre que toca ela corre para o quarto e atende desde lá falando sempre com uma voz muita baixa e soltando gargalhadas tímidas...

Hoje é o aniversario de papá, mas Z esqueceu-se do jantar de família e marcou de ir a uma festa com uns amigos e, como sempre, não sabe a que horas há-de chegar e como a miúda sabe mesmo pedir os pais lá lhe dizem que não chegue muito tarde...
Z sai, vai na motito, pára na estrada para tomar um café e aproveita para fumar um cigarro ou dois.... Nisso o telemóvel toca e ela atende: "-Sim, boa noite." Do outro lado da linha ouve-se a voz de um homem: "-Olá! Boa noite, beleza!" Trocam meia dúzia de palavras e ela despede-se dizendo que não tardará em chegar...
Z vai ao lavabo e retoca a maquilhagem. Paga a conta e vai embora de encontro marcado de fresco.
Desta vez ela não monta a moto, cruza a rua e fica esperando. Entra no primeiro táxi que pára e diz um endereço. É um hotel.
Chega ao destino e entra. Pede na recepção que liguem com o quarto x Senhor Tal. "-Sou a sua sobrinha." Diz. O jovem da recepção diz-lhe que pode subir e pede a algum outro funcionário que a acompanhe.
Bate à porta da suite e quando Z entra o ambiente está todo preparado: velas, rosas, champanhe, frutas, lençóis vermelhos de seda, tudo ao mínimo detalhe. É recebida com um beijo profundo de língua e um apertão nas nádegas. O homem vai até o gaveteiro, olha para ela e pergunta: "-Queres que te pague agora ou depois?" enquanto abre uma gaveta... e inquire outra vez: "-Quanto disseste que era?"....
"-1600 euros pela noite inteira" afirma a filha adorada do papá que hoje celebra seu aniversário.....

quinta-feira, maio 08, 2008

Agujeros en el alma

Mira como es la vida: un día caes y el siguiente te levantas del suelo con la ayuda de una mano amiga.
Un día lloras y el otro haces llorar.
Un día eres tu el que pierde el tren, el otro algún amigo te pide que lo lleves.
Un día trabajas para que en el otro puedas descansar.
Un día abrazas para que en el que se sigue puedas aprender a soltar de las manos y dejar la vida seguir...
Un día paseas de manos dadas vestida de sonrisas para en el día siguiente caminar sola...
Un día hieres para que otro día mas tarde te puedan amar...
Un día entregas y en el otro reclamas recibir...
Un día estas vivo y dos días después es tu funeral...

Ya ves como es la vida, unos días en las nubes y otros días en la tierra de pies firmes, mirando hacia el horizonte esperando aquel águila que vendrá a por ti, a rescatarte tus sueños y llevarte al pico de la colina donde el aire es mas puro y tu visión abarca mucho mas de lo que pretendes ver...

Un día lo ves todo, con la clara nitidez de un visionario y en el otro te tiran arena a los ojos....
Un día quieres el otro no.
Un día llueve, quizás mañana haga sol...

Y así se pasan los años, mientras esperas que llegue tu águila salvadora hasta que un día te das cuenta que esa Fénix no vendrá y que todo lo que un día te contaron no era mas que un cuento contado a los críos para que se duerman pronto...

Un día eres un crío con ideas de gente grande y con el pasar de los años vas deseando no haber perdido la inocencia, o por lo menos que te den una segunda chance para poder volverla a recuperar. Pero el cuerpo te castiga el alma y la mente te juega pasadas raras y el alma te duele por dentro, como si hubiera sido herida de mil balas sin manera posible de arreglo... Y entras en un ciclo del que ya no puedes o simplemente no quieres salir, apenas acostumbrado a las restas de felicidad escasa que la vida y los demás que por ella van pasando te regalan y a tus pies tiran como limosnas, como basura que a ellos les sobra...

sexta-feira, maio 02, 2008

Fly me to the moon de Garretth Wall

Fly me to the moon
And let me play among the stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars
In other words hold my hand
In other words darling kiss me

Fill my life with song
And let me sing forevermore
You are all I hope for
All I worship and adore
In other words please be true
In other words I love you