Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

segunda-feira, março 14, 2016

Limões e limonada

No fundo, tu nunca sabes o que fazer com as surpresas que a Vida te dá. Mas vais equilibrando na corda até conseguir à outra margem. Lá em baixo, as gentes curiosas, de cabeça bem erguida para te ver, algumas avançar, outras cair. A Vida é mesmo assim. Aliás, não a Vida, nós, humanos, somos assim: um misto de branco e negro numa invulgar paleta de cinzentos. E rosas e azuis e verdes e vermelhos.... Tu sabes por onde vou. E é neste perigoso mas delicioso balançar vertiginoso da corda debaixo dos nossos pés, do vazio debaixo dela, do vento que nos puxa, ora para aqui, ora para ali, que vamos levando a Vida. Sentir a Vida na sua inteira fragilidade é compreender o seu significado. Ou pelo menos, eu acho que é isto. Não há verdades absolutas, isso eu sei porque a Vida mo ensinou. Mas nesta minha realidade, a Vida se divide em dois sabores; o limão azedo e gelado saído do frigorífico num dia de Inverno e a doce e refrescante limonada que as crianças vendem, aos domingos, no Verão. A magia reside, tal como no exercício de equilíbrio na corda, em tornar limões em limonada. Como diz o ditado: "Se a vida te dá limões..." Exacto! Faz limonada. E partilha-a, com quem mais gostas. Porque no fundo, tudo perde um bocado a piada se não for partilhado. E é isso que eu decido fazer, a maior parte dos meus dias; doce limonada com amigos e família.

Janelas

Sou fã incondicional de janelas. Elas são a abertura da nossa casa para o mundo. É através delas que, de dia, entra o sol e o vento e, de noite, entra o luar e a brisa. Sons e luz e sonhos. Se é verdade que os olhos são as janelas da alma, mais verdade ainda é que as janelas são os olhos da alma. É através delas que podemos observar o mundo lá fora e sonhar com um monte de coisas que ainda não descobrimos, mas que podemos, ao longe, observar. De noite, quando as luzes se acendem fico a olhar para as janelas, vendo vultos de pessoas, objectos e até animais domésticos. E sonho de olhos abertos... Fico a imaginar como serão aquelas vidas, aquelas vozes, aquelas pessoas; os seus ritos e rituais, os seus sonhos e ambições... Como serão aquelas vidas que observo, ao longe através das janelas? E gosto de pensar que são vidas boas, risonhas e divertidas, como a minha. Gosto de imaginar que somos todos felizes e vivemos das nossas escolhas certas, que deram certo e nos trouxeram até um lugar, cheio de janelas, de luz e de mais sonhos ainda..... By K.V.