Porquê surges entre letras e sons há muito tempo guardados na vã tentativa de esquecer? Porquê, quando tudo parece lembrar que tu nunca exististe, vens tu para me lembrar que ainda estas aí, do outro lado, a espreitar os meus movimentos, escondido por detrás da cortina que eu mesma pus para não te ver?
Porquê quando o mar dos meus sentimentos está calmo pões tu a tua mão para o agitar?
Porquê perante os meus olhos cansados de te chorar volto a ver erguidas as letras das palavras que um dia achei que me eram dedicadas?
Porquê cada vez que me aproximo de outro alguém em busca da minha felicidade, e me afasto um pouco mais de ti, vens tu dar o ar da minha desgraça? Porquê não me permites esquecer como demonstras querer?
Porquê vens abalar as minhas fundações se eu já encontrei uma forma um pouco pratica de me ajustar à realidade e viver da forma como me ensinaste a ter de viver?
Porquê não sais de mim, para que eu possa sair de ti e esquecer-te tal como tu o desejaste?
Porquê escrevo e me encontras e nas minhas palavras achas sempre maneira de entrar no meu mundo e atingir-me na mesma ferida, que não sara, que não quer sarar, que não vai sarar porque tu existes e eu sei que existes e nunca vais deixar de ter existido na minha vida e tudo o que diz respeito ou esta ligado a ti em fere, me doí, me da repulsa porque não quero mais isto. Não sou capaz de me enfrentar e olhar-me no espelho sabendo que não sou capaz de te esquecer, sabendo que de cada vez que invades o meu mundo trazes recordações e nostalgia e saudade e por isso mesmo provocas dor na mesma ferida.
Porquê não me dás paz e me esqueces ou então vens e me resgatas? Mas não me faças mais isto, vais como o rio que deixa o porto e vens como a andorinha que refaz o ninho. Vai ou vem, mas de uma só vez, não suporto, nem quero ter de suportar as tuas idas e vindas, porque ao longo destes anos alguns passaram e nenhum ficou porque a tua presença ainda e sempre paira no ar. Se estás perto quero-te muito perto, se estás longe não te quero querer...
Decide-te e diz-me a tua decisão ou não ma digas, mas não vás e voltes.
Feliz natal para ti também.
Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah
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