Por entre os sons distorcidos da realidade, ainda ouço a tua voz ao meu ouvido... Parece que foi ontem que tudo aconteceu, ainda estás com a mesma irresponsabilidade colada ao corpo, ainda tocas guitarra da mesma forma e ainda acredito que essa balada que tanto geme e grita tenha sido a mim dedicada no teu silêncio de solidão.
Ambos sabemos como tudo aconteceu, mas desconhecemos as razões para que tudo tivesse existido da forma como foi...
Sei bem o que sinto, não te confundas... Já deixamos de ser quem éramos para passar a ser quase dois desconhecidos, um dum lado da casa, a um canto sentado e, o outro, no outro extremo abraçando a sua esposa-guitarra...
Parece que foi ontem que tudo começou... mas já hoje não nos pertencemos mutuamente como "tinha sido escrito".
Por isso ignora todas as cartas que escrevi com a clara intensão de não tas entregar, esquece todas as palavras que não te murmurei com medo que fugisses, larga da mão todos os toques que não te fiz, de todas as vezes que não chegamos a fazer amor...
É bom ver-te assim e relembrar a beleza que tudo perdeu no dia em que começamos a correr tão rápido que as nossas mãos se largaram de vez...
Fazendo um balanço posso dizer que foi bom, eu gostei.
Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah
sexta-feira, dezembro 09, 2005
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