Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah
sexta-feira, janeiro 23, 2009
........Premio Faroni de Relato Hiperbreve 2002
Nunca le perdoné a mi hermano gemelo que me abandonara durante siete minutos en la barriga de mamá y me dejara allí, solo, aterrorizado en la oscuridad, flotando como un astronauta en aquel líquido viscoso y oyendo al otro lado cómo a él se lo comían a besos. Fueron los siete minutos más largos de mi vida y los que a la posteriori determinarían que mi hermano fuera el primogénito y el favorito de mamá.
Desde entonces salía antes que Pablo de todos los sitios: de la habitación, de casa, del colegio, de misa, del cine ... aunque ello me costara el final de la película. Un día me distraje y mi hermano salió antes que yo a la calle y, mientras me miraba con aquella sonrisa adorable, un coche se lo llevó por delante. Recuerdo que mi madre, al oír el golpe, salió de la casa y pasó ante mí corriendo, gritando mi nombre, con los brazos extendidos hacia el cadáver de mi hermano.
Yo nunca la saqué del error.. .
Desde entonces salía antes que Pablo de todos los sitios: de la habitación, de casa, del colegio, de misa, del cine ... aunque ello me costara el final de la película. Un día me distraje y mi hermano salió antes que yo a la calle y, mientras me miraba con aquella sonrisa adorable, un coche se lo llevó por delante. Recuerdo que mi madre, al oír el golpe, salió de la casa y pasó ante mí corriendo, gritando mi nombre, con los brazos extendidos hacia el cadáver de mi hermano.
Yo nunca la saqué del error.. .
Fodilhómetro 1
Estou num dilema: A duras penas cheguei à casa dos "quase trinta" (bem na realidade ainda me faltam quatro ainda tenho vinte e seis) e sou uma solteirona muito satisfeita a nível económico mas terrivelmente frustrada no campo sexual.
Sim, é mesmo isso.
Vivo só numa casa que às vezes se torna demasiado grande para mim, não tenho animais de estimação porque sou alérgica a quase tudo o que tenha pêlos e/ou penas e a palavra "namorado" não consta do meu vocabulário habitual portanto posso dizer que sou muito solteira, não tenho namorad@, nem nenhuma espécie de amig@ colorid@ nem faço muita intenção de encontrar nenhum ou nenhuma, pelo menos não nesta etapa nova da minha vida.
A minha família vive longe, aliás, na realidade quem vive longe da família sou eu. Sou trabalhadora independente e apesar de trabalhar muito - de domingo a domingo, sem ferias nem feriados- gosto muito do que faço. Considero que sou uma worklover, porque na realidade adoro e vivo quase em exclusivo para o meu trabalho, sem permitir que isso me condicione de alguma maneira que eu não queira os outros sectores da minha vida.
Tirando os meus clientes, -como sou independente não tenho nem chefes nem colegas de trabalho- com os quais tenho reuniões e algum ou outro almoço ou jantar para discutir um qualquer tema, o meu círculo de conhecidos se reduz aos que vou conhecendo naqueles sites rameiros na Internet.
Dado que cheguei àquela fase do "todas as minhas amigas de infância ou moram longe ou estão casadas e os poucos amigos que tenho estão todos em outros países que não naquele que eu estou e não arranjo novos porque ou por falta de tempo ou por falta de vontade raramente saio" tristemente constato que o que eu preciso mesmo é de uma companhia que à parte de isso mesmo me proporcione orgasmos espectaculares até ao amanhecer.
E é mesmo aí que reside toda a problemática da questão; nenhum dos meus ex, os muito poucos com os quais ainda falo e dou umas saltadas em cima da cama, sofá, chão, etc me proporciona orgasmos incríveis, aliás nem um orgasmo são capazes de me proporcionar. Mesmo aqueles engates de uma noite -sim eu às vezes também vou ao "mercado da carne" - não me fazem gemer até as paredes cair e eu já começo a ficar frustrada.
Para ser muito sincera o único que me faz ter espasmos de prazer até ficar sem força nas pernas é mesmo o meu "Rosinha" que não sei porque carga de água dei esse nome, talvez seja porque é rosa choque, mas pronto, adiante. Dizia eu: Sendo eu uma mulher plena em todos os sentidos porquê a vida não me proporciona um gajo que venha cá fazer o serviço bem feito, que seja minimamente inteligente e que, por favor (com olhos de cachorro triste que implora carinho) saiba usar a língua, que não, na realidade não serve só para comer gelados como putos e falar inglês ou alemão ou um daqueles idiomas que a gente a falar até parece que está com uma batata quente na boca....?
Pois é, enquanto todo o mundo ao meu redor parece ficar cada vez mais jovem e feliz eu estou mesmo quase com trinta anos (bem na realidade ainda me faltam mais quatro, mas isso agora não interessa muito) e sinto que o que me passa é mesmo muito grave. Estou solteira, solteiríssima e ainda bem, porque não tenho a menor paciência para aturar a espécie masculina e as suas merdices - à parte claro dos meus clientes que são os que me dão o sustento, mas com os quais não saio porque "trabalho é trabalho" e o resto que pode ou não vir a ser conhaque, na maioria das vezes não é nada mais do que trabalho- mas mesmo assim acho que merecia conhecer um tipo interessante do qual eu não me apaixone porque senão lá se estraga tudo de vez, um tipo que seja divertido, que não me procure com propósito de encontrar uma queca fácil, que seja meu amigo, que não tenha namorada porque senão também há problemas, que goste das mesmas coisas que eu para me poupar trabalho, que seja tão excêntrico como eu e que tenha dinheiro para esbanjar comigo, mas principalmente que seja um fodelhão.
Olhando pros céus peço um gajo assim, que me proporcione longos e intensos orgasmos, que me saiba foder, que mo meta em todos os orifícios do meu necessitado corpo e que me coma em todas as posições e compartimentos da casa, do escritório, do carro.... -Ai que já me despisto!...- até ao amanhecer. Onde andam os homens que sabem ser assim? ....
Sim, é mesmo isso.
Vivo só numa casa que às vezes se torna demasiado grande para mim, não tenho animais de estimação porque sou alérgica a quase tudo o que tenha pêlos e/ou penas e a palavra "namorado" não consta do meu vocabulário habitual portanto posso dizer que sou muito solteira, não tenho namorad@, nem nenhuma espécie de amig@ colorid@ nem faço muita intenção de encontrar nenhum ou nenhuma, pelo menos não nesta etapa nova da minha vida.
A minha família vive longe, aliás, na realidade quem vive longe da família sou eu. Sou trabalhadora independente e apesar de trabalhar muito - de domingo a domingo, sem ferias nem feriados- gosto muito do que faço. Considero que sou uma worklover, porque na realidade adoro e vivo quase em exclusivo para o meu trabalho, sem permitir que isso me condicione de alguma maneira que eu não queira os outros sectores da minha vida.
Tirando os meus clientes, -como sou independente não tenho nem chefes nem colegas de trabalho- com os quais tenho reuniões e algum ou outro almoço ou jantar para discutir um qualquer tema, o meu círculo de conhecidos se reduz aos que vou conhecendo naqueles sites rameiros na Internet.
Dado que cheguei àquela fase do "todas as minhas amigas de infância ou moram longe ou estão casadas e os poucos amigos que tenho estão todos em outros países que não naquele que eu estou e não arranjo novos porque ou por falta de tempo ou por falta de vontade raramente saio" tristemente constato que o que eu preciso mesmo é de uma companhia que à parte de isso mesmo me proporcione orgasmos espectaculares até ao amanhecer.
E é mesmo aí que reside toda a problemática da questão; nenhum dos meus ex, os muito poucos com os quais ainda falo e dou umas saltadas em cima da cama, sofá, chão, etc me proporciona orgasmos incríveis, aliás nem um orgasmo são capazes de me proporcionar. Mesmo aqueles engates de uma noite -sim eu às vezes também vou ao "mercado da carne" - não me fazem gemer até as paredes cair e eu já começo a ficar frustrada.
Para ser muito sincera o único que me faz ter espasmos de prazer até ficar sem força nas pernas é mesmo o meu "Rosinha" que não sei porque carga de água dei esse nome, talvez seja porque é rosa choque, mas pronto, adiante. Dizia eu: Sendo eu uma mulher plena em todos os sentidos porquê a vida não me proporciona um gajo que venha cá fazer o serviço bem feito, que seja minimamente inteligente e que, por favor (com olhos de cachorro triste que implora carinho) saiba usar a língua, que não, na realidade não serve só para comer gelados como putos e falar inglês ou alemão ou um daqueles idiomas que a gente a falar até parece que está com uma batata quente na boca....?
Pois é, enquanto todo o mundo ao meu redor parece ficar cada vez mais jovem e feliz eu estou mesmo quase com trinta anos (bem na realidade ainda me faltam mais quatro, mas isso agora não interessa muito) e sinto que o que me passa é mesmo muito grave. Estou solteira, solteiríssima e ainda bem, porque não tenho a menor paciência para aturar a espécie masculina e as suas merdices - à parte claro dos meus clientes que são os que me dão o sustento, mas com os quais não saio porque "trabalho é trabalho" e o resto que pode ou não vir a ser conhaque, na maioria das vezes não é nada mais do que trabalho- mas mesmo assim acho que merecia conhecer um tipo interessante do qual eu não me apaixone porque senão lá se estraga tudo de vez, um tipo que seja divertido, que não me procure com propósito de encontrar uma queca fácil, que seja meu amigo, que não tenha namorada porque senão também há problemas, que goste das mesmas coisas que eu para me poupar trabalho, que seja tão excêntrico como eu e que tenha dinheiro para esbanjar comigo, mas principalmente que seja um fodelhão.
Olhando pros céus peço um gajo assim, que me proporcione longos e intensos orgasmos, que me saiba foder, que mo meta em todos os orifícios do meu necessitado corpo e que me coma em todas as posições e compartimentos da casa, do escritório, do carro.... -Ai que já me despisto!...- até ao amanhecer. Onde andam os homens que sabem ser assim? ....
quarta-feira, janeiro 21, 2009
domingo, janeiro 18, 2009
Boring Sunday
Hi ha dies així. Avorrits. Dies en els que res del que facis et sap bé, en els quals cap companyia t'ajuda a oblidar que avui és diumenge. Facis el que facis sentir com sempre aquest incomodo i amarg gust a la teva boca ...
sábado, janeiro 17, 2009
Moods
Hoje, passados vinte minutos da meia noite, vesti umas calças justas, uma camisola comprida, um cinto largo e calcei uns sapatos de salto baixo e fui tomar chá. Sexta feira, tomar chá com a amiga n'A Livraria. Aproximadamente quarenta minutos depois estava em casa, no meu quarto em frente ao pc, a escrever este post. Hoje, que seguramente há montes de gente na baixa e as discotecas e bares do centro estão à pinha, eu vesti-me a rigor, tracei uma linha perfeitamente arqueada nos olhos e pus rímel e fui tomar chá. Uma xícara de chá verde, quente e adocicado. E voltei para casa com o espírito cheio de paz.... Como é bom ser eu!!
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Cover sleeve- Coldfinger to Nelson
Seras sempre o Amor que mais me doeu...
Esta vai so para ti, Nelson, mesmo que seja em segredo....
Ainda amo o que fomos....
Esta vai so para ti, Nelson, mesmo que seja em segredo....
Ainda amo o que fomos....
domingo, janeiro 11, 2009
quinta-feira, janeiro 08, 2009
É mesmo para que leias isto e entendas que é contigo
Sinceramente deixa que eu te diga que não é agora depois destes anos todos que te dou o direito de entrar aqui e ler o que tenho escrito. Nada te dá o direito de entrar aqui e ler os meus pensamentos e ainda por cima deixar um comentário.
Depois de tudo o que passou depois deste tempo todo ainda ouço as mesmas músicas, que me fazem lembrar de nós e sentir saudade e, por minutos, dói como se ainda fosse hoje que me dissesses que já não dá mais, e as lágrimas caem e o coração murcha como uma flor à qual se esqueceram de pôr água mas continuo a poder viver sem ti, da mesma maneira que vivia antes de ti.
Desde que nos separamos cada um seguiu um caminho diferente e eu ainda sigo tentando encarrilar, esquecer o passado e deixar as dores, sarar as feridas, apagar os medos e matar os fantasmas que um dia a tua partida em mim deixou. Quando te foste embora pensei que o meu mundo iria colapsar, que o céu ficaria encoberto e choveria até o fim dos tempos, mas isso não aconteceu e eu aprendi a superar a dor de não te ter por perto e aprendi a ser mais eu sem ninguém.
No caminho que fiz até aqui, até ao patamar de desenvolvimento psicoemocional onde agora me encontro foram passando pessoas que me fizeram ver que tu não foste, nem es tão essencial como eu pensei, mas que antes foste uma doença rara que embalava os meus sonhos e me consumia as energias.
A nossa história foi linda enquanto nós o permitimos, diverti-me muito contigo e chorei muito por ti, aprendi de ti e contigo, mas depois dela mais historias foram escritas, umas bonitas desde o principio ao fim, outras trágicas, outras cómicas, outras dolorosas, outras insípidas, outras cheias de paixão, outras cheias de cumplicidade, historias e mais historias. Historias que fazem parte de minha historia e que por isso decidi não ignorar e falar-te, aqui, neste post que hoje escrevo e te dedico, para que saibas que depois de ti há vida, há amor, há paixão. Para que saibas que no "pós Tu" eu ainda me levanto da cama despenteada, ainda sorrio com o mesmo brilho nos olhos, canto e danço mesmo que toda a gente ainda continue a olhar para mim, choro no ombro mais próximo, me apaixono, me entrego, fujo de mim para mergulhar no próximo, me canso desta merda toda, rio-me às gargalhadas, dou free hugs a quem quer que os precise, sonho com novos dias e amo.
Daqui, desde onde escrevo este post posso dizer-te que se olhar pela janela do quarto vejo o rio e se olhar pela janela da sala vejo a rua e, mais à frente, vejo a estação de comboios. Posso dizer-te que desde que te foste embora tenho querido evitar ter de dividir a minha atenção entre o trabalho e uma relação amorosa e por isso não me envolvi seriamente com mais ninguém, mas posso dizer-te que, fazendo uma pequena análise à minha vida, me sinto contente com aquilo que tenho, que decidi não comprar casa até que chegue à reforma, que adoro o meu trabalho pelo qual viajo constantemente, que nenhum dos novos amigos que fiz entretanto, aqui e mundo fora, faz ideia de onde fica a cidade que viu o nosso amor nascer, crescer e morrer envelhecido, desgastado e flechado por mentiras, e também não fazem sequer uma pequena ideia de que tu um dia exististe na minha vida, nem que por ti, naquele tempo, faria o que quer que fosse. E sabes que mais? Até sinto inveja deles porque se eu pudesse apagar tudo o que tu representas eu apagaria, nem que para isso tivesse que deixar de ser quem hoje sou.
E agora para terminar apenas quero dizer-te que foi uma pena não termos ficado tão bons amigos como juramos que iriamos ficar e que aquele café que combinamos pelo msn não tenha sido possível.
Foste deveras especial, muito especial e ficarás marcado na minha vida mesmo que eu tente ignorar a tua existência e onde quer que eu vá levarei um pouco de ti comigo para que me possa recordar de tudo de bom e de mau que pode passar numa relação como uma espécie de cábula para não voltar a errar.
Todas as pessoas que passaram pela minha vida são especiais e todas elas têm bocadinhos de mim que mais ninguém há-de ter e eu sei que tu de mim, tal como eu de ti, também levas pedacitos que marcam tudo o que nós vivemos e te dizem o quanto te amei. Não posso dizer que te amei mais do que a outro qualquer, mas quando te amei, amei só a ti. Depois tive que me esforçar por esquecer tudo o que dizia respeito a ti. Consegui esquecer a tua voz, por isso sei que estava no bom caminho, mas quando desliguei apercebi-me que a tua chamada não me deixou indiferente e por isso não fui capaz de te dizer tudo o que queria dizer, alias fui totalmente incapaz de proferir uma só palavra. Ainda estou no caminho, sei que nunca te hei-de esquecer totalmente, para isso teria de deletar quem sou e acho que isso não é possível, mas se fosse, só para evitar sentir o que às vezes sinto, tomaria essa decisão. Ainda vou a caminho, de onde não sei, mas sei que quando lá chegar terei ultrapassado esta merda toda e terei alguém do meu lado que me faça sorrir sem medo....
Depois de tudo o que passou depois deste tempo todo ainda ouço as mesmas músicas, que me fazem lembrar de nós e sentir saudade e, por minutos, dói como se ainda fosse hoje que me dissesses que já não dá mais, e as lágrimas caem e o coração murcha como uma flor à qual se esqueceram de pôr água mas continuo a poder viver sem ti, da mesma maneira que vivia antes de ti.
Desde que nos separamos cada um seguiu um caminho diferente e eu ainda sigo tentando encarrilar, esquecer o passado e deixar as dores, sarar as feridas, apagar os medos e matar os fantasmas que um dia a tua partida em mim deixou. Quando te foste embora pensei que o meu mundo iria colapsar, que o céu ficaria encoberto e choveria até o fim dos tempos, mas isso não aconteceu e eu aprendi a superar a dor de não te ter por perto e aprendi a ser mais eu sem ninguém.
No caminho que fiz até aqui, até ao patamar de desenvolvimento psicoemocional onde agora me encontro foram passando pessoas que me fizeram ver que tu não foste, nem es tão essencial como eu pensei, mas que antes foste uma doença rara que embalava os meus sonhos e me consumia as energias.
A nossa história foi linda enquanto nós o permitimos, diverti-me muito contigo e chorei muito por ti, aprendi de ti e contigo, mas depois dela mais historias foram escritas, umas bonitas desde o principio ao fim, outras trágicas, outras cómicas, outras dolorosas, outras insípidas, outras cheias de paixão, outras cheias de cumplicidade, historias e mais historias. Historias que fazem parte de minha historia e que por isso decidi não ignorar e falar-te, aqui, neste post que hoje escrevo e te dedico, para que saibas que depois de ti há vida, há amor, há paixão. Para que saibas que no "pós Tu" eu ainda me levanto da cama despenteada, ainda sorrio com o mesmo brilho nos olhos, canto e danço mesmo que toda a gente ainda continue a olhar para mim, choro no ombro mais próximo, me apaixono, me entrego, fujo de mim para mergulhar no próximo, me canso desta merda toda, rio-me às gargalhadas, dou free hugs a quem quer que os precise, sonho com novos dias e amo.
Daqui, desde onde escrevo este post posso dizer-te que se olhar pela janela do quarto vejo o rio e se olhar pela janela da sala vejo a rua e, mais à frente, vejo a estação de comboios. Posso dizer-te que desde que te foste embora tenho querido evitar ter de dividir a minha atenção entre o trabalho e uma relação amorosa e por isso não me envolvi seriamente com mais ninguém, mas posso dizer-te que, fazendo uma pequena análise à minha vida, me sinto contente com aquilo que tenho, que decidi não comprar casa até que chegue à reforma, que adoro o meu trabalho pelo qual viajo constantemente, que nenhum dos novos amigos que fiz entretanto, aqui e mundo fora, faz ideia de onde fica a cidade que viu o nosso amor nascer, crescer e morrer envelhecido, desgastado e flechado por mentiras, e também não fazem sequer uma pequena ideia de que tu um dia exististe na minha vida, nem que por ti, naquele tempo, faria o que quer que fosse. E sabes que mais? Até sinto inveja deles porque se eu pudesse apagar tudo o que tu representas eu apagaria, nem que para isso tivesse que deixar de ser quem hoje sou.
E agora para terminar apenas quero dizer-te que foi uma pena não termos ficado tão bons amigos como juramos que iriamos ficar e que aquele café que combinamos pelo msn não tenha sido possível.
Foste deveras especial, muito especial e ficarás marcado na minha vida mesmo que eu tente ignorar a tua existência e onde quer que eu vá levarei um pouco de ti comigo para que me possa recordar de tudo de bom e de mau que pode passar numa relação como uma espécie de cábula para não voltar a errar.
Todas as pessoas que passaram pela minha vida são especiais e todas elas têm bocadinhos de mim que mais ninguém há-de ter e eu sei que tu de mim, tal como eu de ti, também levas pedacitos que marcam tudo o que nós vivemos e te dizem o quanto te amei. Não posso dizer que te amei mais do que a outro qualquer, mas quando te amei, amei só a ti. Depois tive que me esforçar por esquecer tudo o que dizia respeito a ti. Consegui esquecer a tua voz, por isso sei que estava no bom caminho, mas quando desliguei apercebi-me que a tua chamada não me deixou indiferente e por isso não fui capaz de te dizer tudo o que queria dizer, alias fui totalmente incapaz de proferir uma só palavra. Ainda estou no caminho, sei que nunca te hei-de esquecer totalmente, para isso teria de deletar quem sou e acho que isso não é possível, mas se fosse, só para evitar sentir o que às vezes sinto, tomaria essa decisão. Ainda vou a caminho, de onde não sei, mas sei que quando lá chegar terei ultrapassado esta merda toda e terei alguém do meu lado que me faça sorrir sem medo....
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