Um toque de amor, um toque de ódio, um toque de pudor, uma salva de palmas para o gangster...
Embora a poesia seja aliciante, a prosa chama por mim.
Mil destinos e um só bilhete nas mãos. Vazias, gastas, rompidas e corroídas pelo toque de outras mil mãos.
O copo cheio, a música decadente, os olhares vazios, o lugar da entropia...
O acordar final, o último sonho, o derradeiro esforço!...
O
guerreiro que se faz esperar, o som dos guizos no pé da cigana, os cabelos dançantes ao vento.
Pequenos nadas que completam a imagem de um, dois, ou até três solos de guitarra desafinados com cordas que quebram, partem e cortam os dedos.
O silêncio chega e com ele as memórias saltam da caixa...
Há espaços paralelos, metas por alcançar, palavras por dizer e feitos que tardam em chegar. Promessas cumpridas e outras por cumprir. Pedaços de papel rasgados na escuridão, deixados soltos em cima do balcão. E tu. E eu. E nós aqui. Esperando o sol raiar glorioso e inglório, perfeita imperfeição de misturas improváveis e heróis rendidos à sofreguidão das horas vãs....
Nada mais há a dizer, resta o que fica subentendido... As palavras, essas serão novamente deturpadas, lidas e guardadas. Relidas, talvez, no futuro. Recordadas até à exaustão, analisadas até nos doerem os olhos outra vez.
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