Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

quinta-feira, outubro 11, 2012

Fuga

Um toque de amor, um toque de ódio, um toque de pudor, uma salva de palmas para o gangster... 
Embora a poesia seja aliciante, a prosa chama por mim. 
 Mil destinos e um só bilhete nas mãos. Vazias, gastas, rompidas e corroídas pelo toque de outras mil mãos. 
 O copo cheio, a música decadente, os olhares vazios, o lugar da entropia... O acordar final, o último sonho, o derradeiro esforço!... 
O guerreiro que se faz esperar, o som dos guizos no pé da cigana, os cabelos dançantes ao vento.
Pequenos nadas que completam a imagem de um, dois, ou até três solos de guitarra desafinados com cordas que quebram, partem e cortam os dedos. 
O silêncio chega e com ele as memórias saltam da caixa... 
Há espaços paralelos, metas por alcançar, palavras por dizer e feitos que tardam em chegar. Promessas cumpridas e outras por cumprir. Pedaços de papel rasgados na escuridão, deixados soltos em cima do balcão. E tu. E eu. E nós aqui. Esperando o sol raiar glorioso e inglório, perfeita imperfeição de misturas improváveis e heróis rendidos à sofreguidão das horas vãs.... 
Nada mais há a dizer, resta o que fica subentendido... As palavras, essas serão novamente deturpadas, lidas e guardadas. Relidas, talvez, no futuro. Recordadas até à exaustão, analisadas até nos doerem os olhos outra vez.

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