Voltar a sentir as tuas mãos pelo meu corpo ao som das músicas que um dia tu me deste a conhecer...
Ás vezes escondo-me da dor que me penetra os ossos até as entranhas, há outras em que não suporto mais fingir e deixo-me invadir pela súbita vontade de me afogar no meu choro.
Pela tua ausência...
Ainda me pica, muitas vezes, muito, a dor da falta que um dia me chegaste a fazer. Ainda dou por mim sentada a olhar o nada, a nele pensar sabendo, no meu mais intimo, que eras tu quem eu sonhei antes de conhecer, quem eu amei com todas as forças de quem vai ter um filho pelo coração e que, mesmo assim, mesmo apesar de toda a dor do pré, eu sabia ser o único por muitos tempos após o durante.
Ainda me pergunto se esses tempos já passaram, se de facto deixei de sentir a tua ausência, ou se foi apenas mais uma mordidela anestesiante do Tempo, traiçoeiro, que nos faz esquecer por momentos, breves ou não, as dores de sempre, precisamente para as tornar menos intensas e incómodas.
Mas quando o "Senhor Vento" sopra e trás na sua cauda um pouco do que era, ainda me lembro de ti. Não sei se é saudade boa ou má, mas É DEFINITIVAMENTE SAUDADE!
Não tenho, e nunca tive, grandes certezas de nada, mas sempre que ouço estes acordes, o meu coração pulula dentro de mim e SEI que seria diferente desta última vez, só mais esta última vez!...
A música toca , pára e recomeça e eu continuo aqui, a sonhar com o passado que podia ser presente, mas nunca chegou a ser futuro, tudo porque não nos entendemos e perdemos, algures na passagem incomensurável do tempo o dom da comunicação.
Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah
sexta-feira, novembro 11, 2005
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