Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

domingo, maio 11, 2008

A história de Z

Z é a típica miúda de papá... Tem tudo o que pede e precisa e nunca ousaria ter menos do que tem. Não pode fazer nada em contra, ela apenas foi criada assim, desde sempre, e contra isso não há nada que fazer...

Estuda na faculdade, tem uma motito que o pai lhe comprou pelas festas e com a qual sai quase todas as noites. Nunca avisa a que horas chegará; nem ela mesma o sabe. Diz que vai de copas com alguma amiga desconhecida dos pais. Vai sempre muito elegante para apenas tomar um café ou uma cerveja, mas eles não vêem mais que isso. Será vaidade....Vai-se lá saber...

Na facu, os amigos notam que Z leva sempre uma bolsa grande, vai muito maquilhada... Uns dias vai algum tio busca-la outros vai outro tio, e outro tio num outro qualquer dia.... Falta às aulas da tarde às vezes e nunca lhe falta dinheiro na carteira... Z leva dois telemóveis e isso intriga os pais, porque nenhum deles foi o que lhe deram como prenda de aniversario e também sabem que não foi ela que os comprou.... Sempre que toca ela corre para o quarto e atende desde lá falando sempre com uma voz muita baixa e soltando gargalhadas tímidas...

Hoje é o aniversario de papá, mas Z esqueceu-se do jantar de família e marcou de ir a uma festa com uns amigos e, como sempre, não sabe a que horas há-de chegar e como a miúda sabe mesmo pedir os pais lá lhe dizem que não chegue muito tarde...
Z sai, vai na motito, pára na estrada para tomar um café e aproveita para fumar um cigarro ou dois.... Nisso o telemóvel toca e ela atende: "-Sim, boa noite." Do outro lado da linha ouve-se a voz de um homem: "-Olá! Boa noite, beleza!" Trocam meia dúzia de palavras e ela despede-se dizendo que não tardará em chegar...
Z vai ao lavabo e retoca a maquilhagem. Paga a conta e vai embora de encontro marcado de fresco.
Desta vez ela não monta a moto, cruza a rua e fica esperando. Entra no primeiro táxi que pára e diz um endereço. É um hotel.
Chega ao destino e entra. Pede na recepção que liguem com o quarto x Senhor Tal. "-Sou a sua sobrinha." Diz. O jovem da recepção diz-lhe que pode subir e pede a algum outro funcionário que a acompanhe.
Bate à porta da suite e quando Z entra o ambiente está todo preparado: velas, rosas, champanhe, frutas, lençóis vermelhos de seda, tudo ao mínimo detalhe. É recebida com um beijo profundo de língua e um apertão nas nádegas. O homem vai até o gaveteiro, olha para ela e pergunta: "-Queres que te pague agora ou depois?" enquanto abre uma gaveta... e inquire outra vez: "-Quanto disseste que era?"....
"-1600 euros pela noite inteira" afirma a filha adorada do papá que hoje celebra seu aniversário.....

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