Há muito tempo me encontro sem respiro, sem alento de sensação alguma que me possa voltar a fazer vibrar o coração... Sinto-me... vazia. Não sei, ou talvez deseje não saber, de onde vem esta vaziez tão minha na qual caí.
Finjo que os dias passam todos diferentes, mas no fundo, desde que foste embora, todos os dias são ausentes, não digo que neles têm o cheiro do grito da dor porque nem isso me deixaste para poder recordar-te agonizando. Fizeste com tanto todo-o-cuidado as tuas malas e deixaste de estar aqui. Não digo que te foste; eu não te vi partir, acho até que nunca aqui estiveste, terá sido imaginação minha... Nunca chegaste a passar de perfeição sentida, ou melhor, perfeição pressentida que é, em muita coisa, diferente ao que se vê por aqui...
Não posso dizer que sinto saudades tuas, mas sei que sinto falta de algo... Não diria de ti, mas do hábito a ter-te por perto... Acho que me acostumei a ter-te para, no caso de me encaprichar, poder, na falta de outro alguém, dispor de ti... Egoísmo puro o teu, dirias se pudesses ler o que em silêncio te digo.... E digo-o em silêncio apenas porque não quero que te apercebas da falta que sinto de tua presença, isso seria como dar-te um troféu e eu não estou habituada a perder para ti.
Já passou bastante tempo desde que vim para este lado do mundo buscando algum refúgio e conforto para o nosso desabandono sorrateiramente mútuo e, ainda aqui, me encontro mais na eminencia de te ver ao cruzar da esquina... Como se fosses passar em frente à minha janela do 9º andar montado numa bicicleta destas amarelinhas que há na cidade....
Não, eu SEI que não vais passar, mas sinto que a cada sol novo não vou poder evitar cruzar-me contigo numa rua qualquer e talvez seja isso o que mais me irrita: que não passes para que me possa atravessar em frente à porcaria da bicicleta e provocar um acidente, fazer-te cair da amarelinha e, mesmo que me atropeles com força, mesmo que me magoe bastante, poder provocar-te nem que seja tão só um susto... Apenas... queria... ver-te... CAIR...
Finjo que os dias passam todos diferentes, mas no fundo, desde que foste embora, todos os dias são ausentes, não digo que neles têm o cheiro do grito da dor porque nem isso me deixaste para poder recordar-te agonizando. Fizeste com tanto todo-o-cuidado as tuas malas e deixaste de estar aqui. Não digo que te foste; eu não te vi partir, acho até que nunca aqui estiveste, terá sido imaginação minha... Nunca chegaste a passar de perfeição sentida, ou melhor, perfeição pressentida que é, em muita coisa, diferente ao que se vê por aqui...
Não posso dizer que sinto saudades tuas, mas sei que sinto falta de algo... Não diria de ti, mas do hábito a ter-te por perto... Acho que me acostumei a ter-te para, no caso de me encaprichar, poder, na falta de outro alguém, dispor de ti... Egoísmo puro o teu, dirias se pudesses ler o que em silêncio te digo.... E digo-o em silêncio apenas porque não quero que te apercebas da falta que sinto de tua presença, isso seria como dar-te um troféu e eu não estou habituada a perder para ti.
Já passou bastante tempo desde que vim para este lado do mundo buscando algum refúgio e conforto para o nosso desabandono sorrateiramente mútuo e, ainda aqui, me encontro mais na eminencia de te ver ao cruzar da esquina... Como se fosses passar em frente à minha janela do 9º andar montado numa bicicleta destas amarelinhas que há na cidade....
Não, eu SEI que não vais passar, mas sinto que a cada sol novo não vou poder evitar cruzar-me contigo numa rua qualquer e talvez seja isso o que mais me irrita: que não passes para que me possa atravessar em frente à porcaria da bicicleta e provocar um acidente, fazer-te cair da amarelinha e, mesmo que me atropeles com força, mesmo que me magoe bastante, poder provocar-te nem que seja tão só um susto... Apenas... queria... ver-te... CAIR...
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