Faltam as palavras para dizer-te que penso em ti.
Faltam as palavras para poder falar de ti sem deixar transparecer que é de ti que falo.
Faltam as palavras para descrever a sensação que a tua imagem nas minhas pupilas provoca em todo o meu corpo quando te vejo.
Faltam palavras para gritar que te desejo violentamente sem ter perto nem longe esquecendo o mundo à minha volta.
Faltam as palavras para deixar clara a minha posição perante ti e os demais.
Faltam as palavras ditas, com som e tom, as palavras que se dizem, alto e claro, de forma pouco concisa com a entoação grave de quem tem algo urgente a dizer, ao ritmo da respiração intercalada e interrompida de quem está morto de tesão...
Pudesse falar de ti e diria ao mundo o segredo que nos une, contaria o quanto te desejo e como me faz sentir só o teu nome pronunciado nos lábios de quem não te soube dar valor e manter guardado para si.
Pudesse sair daqui e enfiar-me na tua cama sairia de la sem mais nada dentro de mim, seca, exausta de prazer, com a alma despenteada e sem fôlego, com a cara mais limpa e a mente mais lavada do mundo, como se eu fosse imaculada de toda e qualquer culpa desta culpa que carrego dentro de mim....
Talvez me devesse afastar de todos os ambientes que frequentas e pessoas que conheces. Talvez assim eu deixasse de ser eu e passasse a ser quem pareço ser, talvez assim o meu corpo deixasse de ser fonte da tua sede e tu base do meu desejo, talvez assim não violentasse em segredo nenhum coração inocente de quem nos quer bem... Assim, talvez, eu pudesse voltar a ser a amiga irrepreensível, a namorada apaixonada. Assim, se eu me afastasse de ti e de tudo o que de ti me faz lembrar, talvez eu pudesse voltar a dormir sossegada sem sonhos húmidos, sem calores e arrepios pelo corpo e mente, sem desejos ou outras complicações que me violam os princípios e me afastam daquilo que não me devo afastar. Mas não posso afastar-me, não quero afastar-me. Quero esgotar o desejo e desmistificar o mito da tua pessoa perante mim mesma. Quero continuar à espera do teu prometido telefonema para tomar aquele café do qual falamos para poder sair de mim e entrar em ti, pelos teus olhos, pelo teu nariz, pela tua boca e explodir do gosto puro e violento que em mim se alberga...
Mentiras que a mim me conto para distrair a minha mente. Mentiras que infelizmente hoje me dou conta que não funcionam porque são só, unicamente e só palavras vazias de conteúdo, palavras que sobram porque há outras, aquelas que não se podem dizer, que faltam...
Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah
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