Levantei-me da mesa, apaguei a luz e fui até à porta, abri-a e inalei profundamente um pouco daquele ar gélido, dei um bafo naquele último cigarro e pensei em tudo, percorri todos os pequenos detalhes daqueles meses ao pormenor sem encontrar uma única falha, alguma resposta.
Depois disso, esmaguei o que restava do cigarro com a ponta do sapato, fechei a porta e, às escuras, dirigi-me para o quarto. Sentei-me na beira da cama e desejei chorar, desejei rir às gargalhadas, desejei fazer algo, qualquer coisa. Em vez disso estava vegetativamente parada a olhar para o nada.
Não estava triste, nem me sentia extraordinariamente mais só do que em outro dia qualquer. Tão pouco estava feliz; sabia que o que tinha feito não era motivo para me sentir feliz. Mas sentia-me incomodamente confortável com a minha decisão e tinha uma certeza na minha mente: foi melhor assim. Ainda hoje continuo a ter a mesma certeza.
...
Depois disso, esmaguei o que restava do cigarro com a ponta do sapato, fechei a porta e, às escuras, dirigi-me para o quarto. Sentei-me na beira da cama e desejei chorar, desejei rir às gargalhadas, desejei fazer algo, qualquer coisa. Em vez disso estava vegetativamente parada a olhar para o nada.
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Não estava triste, nem me sentia extraordinariamente mais só do que em outro dia qualquer. Tão pouco estava feliz; sabia que o que tinha feito não era motivo para me sentir feliz. Mas sentia-me incomodamente confortável com a minha decisão e tinha uma certeza na minha mente: foi melhor assim. Ainda hoje continuo a ter a mesma certeza.
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