Ouço a tua voz ingrata dizendo-me o que ainda não me apetece ouvir....
Sei que dentro de pouco tempo vais-me voltar a trocar e também sei que não estarei nessa tua caminhada, tal como das outras vezes em que nos abandonamos...
Vais-te embora de malas nas mãos e atrás de ti ficará, de novo, o mesmo cheiro na almofada, o mesmo vazio, o mesmo silêncio, os mesmos medos que me sussurram de noite e de dia, em qualquer lugar, a toda a hora, e eu sei. Eu sei que por muito acompanhada que esteja, eu sei que vou ficar de novo, infinitamente só... Apenas os teus sorrisos pendurados nas paredes, apenas o cheiro do teu perfume, apenas os ecos da tua voz doce, apenas as lembranças.... As lembranças e eu, perdidos nas sombras desta casa onde agora te ouço negar o amor que te tenho, onde me acusas de não te querer, onde te quero revelar que sinto o que ainda não sei expressar.
E tu afirmas que não te amo?! Como queria poder-to gritar aos ouvidos, no corpo e na mente, para que o ouvisses e sentisses como sinto! Mas não sou capaz, contigo não!... Contigo não sei dizer palavras doces e meigas, apenas as zangadas me saem da boca, dos gestos... Não sei ser quem queria ser contigo, quem sei que mereces que seja, porque o mereces como mais ninguém, e é por isso que me sinto assim: CULPADA do que, injustamente, me culpas...
Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah
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