Solidão....

Procuro musicas que me possam trazer o teu retrato a memoria... Vou em vão inventado novas formas de te viver e de te ter, mas no fim o meu consolo é vazio.
Espero que o Tempo me deixe de insultar e te faça sair de mim de forma mais pacifica, menos dolorosa, menos vergonhosa...
De cada vez que procuro outro amor me engano, cuspindo para o céu gasto cobardemente a minha pele e beijos em horas vazias e dias sem significado.
Invento pares de ti, que resultem combinar na perfeição comigo, mas não resulta e descubro que a cada engano a minha solidão se engrandece e me abraça cada vez mais forte insultando a minha inteligência....
Agrido os versos que te dediquei reinventando-os em novas estrofes para outros ouvidos, mas não sais de mim e não deixas de me ferir e não compreendo porque me permito querer-te sem igual, sem que ninguém possa competir com a memoria de ti.
E não entendo, por muito que tente não sou capaz de entender porque é que estimo tanto o veneno das lembranças que de ti tenho. Não entendo e fecho os olhos e invento desculpas para mim. Minto e decido esquecer-te, mas fecho os olhos e suplico a alguma entidade, qualquer que seja, para que quando abra os olhos tu estejas ai, mas não estas..... Não estás e nunca mais estaras....
E a minha solidão continua aqui, sentada ao meu lado insulta-me a inteligência. É ela que me faz suplicar a manha deste pesadelo.... E por muito que tente não sais de mim...