Com uma gargalhada bem sonora e atitude semipositiva e que se dane quem pense mal... Como eu costumo dizer: Eu sou mais eu sem ninguém!! Hei-de ser sempre esta, a mesma de sempre e pendurada na corda bamba da vida sempre fazendo macacadas e figuras tristes.... hahahah

sábado, setembro 29, 2012

Palavras desconexas

Ter de fazer o que não se quer, dizer o que se deve sem senti-lo verdadeiramente, ouvir o que não apetece, aguentar até ao limite máximo.... A vida nunca foi fácil de viver.... Nem justa sequer, mas sinto.me cortada ao meio, ou, no mínimo, sem um dos membros e não consigo correr. MAs bem, tenho de me aguentar. A noite é uma seca o dia é um tédio, as horas passam vagarosamente, nada me dá mais gosto ou gozo, apenas escrever para afugentar os fantasmas.... às vezes é como se esta vida não fosse a minha e eu fosse apenas um espectador.... As pessoas não falam do que devem ou, pelo menos, só falam da vida alheia, a música não me entretém, a televisão é um aborrecimento feito para estupidificar em massa. Recuso-me a ser mais uma ovelha do rebanho. Resta-me senão o refúgio da escrita, o refúgio do sono.... A privação dos sentidos, ou seja lá o que isso for... Grito e ninguém me ouve, escrevo e ninguém me lê, falo mas não me entendem. Não me conhecem, não me querem conhecer, não se querem dar ao trabalho e à delicia de conhecer as gentes que por aqui passam.... Ensurdeço, emudeço, privo-me de mim. Talvez hoje será o mote para dormir... Já nem sei do que falo, apenas palavras desconexas que saem dos dedos e se materializam no écran... Já ninguém importa, já nada importa, já nem sequer quero pensar. O cão que ladra, a noite que arrefece, a lua que brilha, o cigarro que arde devagar. Já nem fumar me dá prazer... Estado de dormência e ocultação de e para o mundo. Como se quer. O silêncio grita. Não entendo o que ele diz....

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